quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Jornalismo ou lambecuzismo?



Os jornalistas estão em greve e em protesto.
Dizem que sem jornalismo, não há democracia. Eu corrijo. Sem jornalismo livre, sério e independente não há democracia.
Este jornalismo que temos, não nos faz falta nenhuma, porque tem sido conivente daa morte lenta e anunciada da nossa jovem democracia. Eu explico:
A noticia desta semana, logo a seguir ao anuncio do orçamento de estado que há uma semana que toda a gente sabia o que continha,  é um acordo histórico entre o Ministério da Saúde e o Sindicato independente dos Médicos. Falou-se no assunto de raspão, nem aberturas de jornais, nem primeiras paginas nem letras garrafais, nada. Os jornalistas preferem ir para a rua entrevistar pessoas, preferem tornar-se eles próprios em analistas e comentadores. Chegam mesmo ao ponto de quando entrevistam um Primeiro Ministro ou um Ministro dizerem na formulação das perguntas ''...Mas eu Penso que...''. um jornalista enquanto tal, é isento, imparcial e como tal não tem nem deve expressar opinião. Deve sim informar o seu publico, seja contra ou a favor, goste ou não da informação que passa. 
No programa prós e contras do passado dia 15, Um Luso Brasileiro diz umas quantas verdades incomodas. Vê-se um ''ilustre'' deputado e vice presidente da bancada parlamentar do PSD fazer o sinal de ''Corta'' para os bastidores. Ficava bem á Fátima Campos Ferreira, perguntar qual o incomodo do senhor deputado.

O Jornalismo em Portugal há já muito tempo que vendeu a sua alma aos senhores do templo. Por troca de umas migalhas e algum protagonismo e mediatismo. Agora dizem que estão mal e queixam-se, pois, é normal que assim seja. Vão agora pedir a quem se venderam que lhes resolva o seu problema??? Não me parece.
Quando deixarem de confundir de forma propositada informação com noticia, quando deixarem de se vergar ao poder dos corruptos em vez de fomentarem o poder da palavra e da informação objectiva, clara e imparcial, então aí sim sejam algo indispensável á democracia. Agora, não passam de mais uns badamecos vendidos ao poder de quem lambem o cuzinho.

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