terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Verdade escondida


A verdade de cada um, nada tem a ver com a verdade da Razão

     Sabem quando é que 2+2=5? Quando a conta está errada. E com este pressuposto, a afirmação de que 2+2=5 passa a verdadeira, não deixando contudo de ser falso que 2+2=5. A Verdade Universal, diz-nos que 2+2=4, e essa é, a verdade da Razão, apenas, porque está isenta de pressupostos humanos, porque sempre que o ser humano pressupõe algo, geralmente faz asneira, o mesmo é dizer, altera a Verdade Universal, transformando-a na verdade de cada um de nós.
     Tentem imaginar dentro das vossas mentes, a imagem de um lago, de águas límpidas e cristalinas, em que a superfície não se move absolutamente nada, lago esse rodeado de um deserto de areia, de areia amarela, não de uns grãos de areia mais amarelos ou mais escuros, mas de grãos de areia todos da mesma cor sem excepção, uma superfície de areia completamente lisa e plana, onde nada acontece, nada se move, nada se altera. Este é o cenário da Verdade Universal.
     Dentro deste cenário, imaginem então que surge uma pequena brisa de ar, que levanta tão-somente um ínfimo grão de areia e a desloca para a superfície da água, e com este pressuposto, alteramos já o cenário da Verdade Universal, tanto do lago como do deserto. Imaginem que a brisa ligeira se torna agora numa aragem mais forte, e mais grãos de areia se elevam, caindo uns no lago outros no deserto, mudando assim de sítio, alterando a forma lisa e plana do deserto, e fazendo mexer a superfície do lago, e imaginem ainda que essa forte aragem se torna em vento, em vento forte e por fim numa tempestade, o deserto deixou agora de ser plano e tem dunas de areias umas mais movediças que outras, a superfície do lago tem agora ondas e deixou de ser límpida e cristalina. O cenário deixou assim de ser a Verdade Universal de um plano de água e areia, passou a ser o cenário da Verdade da água, areia e vento, sob a influência de uma tempestade de pressupostos.
     Podemos continuar assim, se o desejar-mos, a incluir pressupostos nos nossos sucessivos cenários, alterando sempre assim a Verdade pessoal de cada um dos cenários, na verdade pessoal do cenário que se lhe segue, mas a Verdade Universal de cada um dos elementos continua lá escondida, apenas está distorcida por de trás da verdade pessoal de cada cenário.
     Eu acredito num cenário de Verdade Universal, em que um deus cria um mundo perfeito á sua própria imagem, mas acontece que depois esse mesmo deus altera os pressupostos, deixando esse mundo de ser em si uma Verdade Universal, para se tornar apenas num reflexo dessa imagem,e isso é algo em que já não posso acreditar.
     Hoje em dia, neste mundo global em que lutamos pela sobrevivência da espécie, somos bombardeados constantemente por pressupostos, que alteram as verdades que conhecemos, a Verdade Universal que julgamos conhecer, mas que na verdade, não passa apenas da nossa própria verdade pessoal. E é no fundo por isso que existem pessoas teimosas, que defendem até á exaustão as suas verdades pessoais como se fossem Verdades Universais. São pois essas pessoas, de todas, as que menos próximos estão da Verdade Universal. Para atingir essa mesma Verdade Universal, é preciso retirar do cenário, todos os pressupostos que se somaram á equação, mas dado que a equação (a que alguns chamam de’’a formula de deus’’), já foi criada há tanto tempo, que muitos foram os pressupostos que sucessivamente se foram sobrepondo. Algo me diz que nos estamos constantemente a afastar da Verdade Universal, a menos que, deixemos de sobrepor novos pressupostos em cima da equação original, e, ao mesmo tempo, tentemos identificar quais são os elementos que fazem parte dos pressupostos, e quais os elementos que fazem parte da equação original, nunca conseguiremos nos aproximar da dita Verdade Universal.
     Não é por eu afirmar com um ar muito convicto e argumentos convincentes numa primeira análise, de que o cristianismo é que é verdadeiro, que o torna realmente verdadeiro, da mesma forma, não é por defender com a minha vida de que o comunismo é bom e o capitalismo mau, que isso faça de um ou do outro a verdade suprema. É que toda e qualquer afirmação que possamos fazer nesse sentido, não está isenta de pressupostos, muitos e aos molhos, pressupostos esses que alteram a percepção que temos da Realidade. Ora, sem uma total abstenção de complexos, preconceitos, estereótipos, e outros tipos de pressupostos, fica difícil uma análise cuidada e realista daquilo que pretendemos que se aproxime o mais possível da Verdade Universal.
     Todos nós devemos funcionar nas nossas análises da realidade, como um filtro, tentando separar aquilo que é realmente a Verdade, daquilo que nos querem fazer impingir como sendo verdade. Por isso continuo a defender, que a melhor aposta que qualquer sociedade pode fazer na sua busca do sucesso, é a da educação e formação dos seus cidadãos, porque quanto melhor estes estiverem preparados para distinguir os pressupostos, mais clara e verdadeira será a percepção que tem do mundo em que vivem.
    Já dizia o grande Aristóteles, «se penso, logo existo». O que não significa que todos os que existem, pensem de Verdade. Mas fazer o quê? Pressupostos!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A Profecia da desgraça.


 Sempre ouvi dizer que quem esta mal muda-se, e as coisas estão-se a por realmente mal, e aí é que as pessoas vão começar a abrir realmente os olhos, a necessidade promove o engenho, temos de começar tudo de novo outra vez.Dia 15 de Outubro vai haver uma grande manifestaçao entre Portugal e Espanha da chamada geraçao á rasca.Vão-se manifestar, ok mas vão reivindicar o o que afinal? Não consigo perceber, é que devo ser mesmo burro. eu nao tenho emprego, eu sou precário, abaixo os políticos, abaixo os chulos e os corruptos, abaixo o capitalismo, envergam-se umas t-shirts do Cheguevara e do Bob Marley, fumam-se umas brocas. Geração á rasca my ass. Geração de tótós 



     Nos anos 60 do século passado houve muitas manifestações que mudaram o mundo. Direitos humanos, racismo, o voto para as mulheres. Coisas fundamentais e estruturantes, mudanças de mentalidades e de paradigmas. Sinceramente não me parece que seja isso que esta aqui em causa neste momento. os jornalistas vão á manifestação entrevistar um activista, e  ele não sabe dizer nada, nem sequer consegue explicar de forma consistente o que está ali a fazer.

Nos anos 60 era preciso mudar o mundo. hoje somos nós que nos temos de adaptar ao mundo. Vejo as manifestações no norte de África e médio oriente, e essas sim têm razão de ser. Quando aqui a geração está á rasca, aqueles pobres diabos estão muito mais que fodidos e mal pagos.

Temos de olhar o mundo de uma forma realista e constante, porque o mundo muda mais num dia que mudava antes em 100 anos. Vejam bem o que se passa á vossa volta, crise economica e financeira no mundo ocidental, revoltas contra regimes totalitaristas em África e médio oriente, êxodo migratório de África Ásia e america latina rumo aos países industrializados, eminente colapso financeiro das maiores economias do mundo, e se hoje a Europa e restantes países da OCDE têm o nível de vida que têm, é graças á exploração massiva dos recursos de países sub-desenvolvidos governados por ditadores que ficam com a riqueza e deixam o povo passar fome, mas as pessoas desses países também aspiram a  viver como nós, e têm todo o direito de o exigir. Acham que há recursos no planeta para sustentar tanta gente? Com o respectivo aumento demográfico que isso causa, e manter esse nível de vida igual ou superior ao que temos??? em 2008 faliram 2 ou 3 bancos nos estados unidos e Inglaterra, e isso trouxe-nos ate aqui. neste momento são estados, países que correm o risco de falir. Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha, Itália, França, Suécia, Bélgica, estados unidos da americia, (estão tecnicamente falidos), a própria china vai atrás se alguns destes forem abaixo.Conseguem imaginar as consequências deste cenário?

Aquando da crise de 2008, foi notório que o modelo económico que se tinha vindo a seguir estava esgotado, o que se deveria ter feito? Mudar de modelo, mas as mentalidades não mudam assim de um dia para o outro, continuou-se a investir em especulação, não imobiliária mas desta vez em dividas soberanas, é tal a dimensão da catástrofe que se avizinha que os super ricos já dizem que se calhar é melhor começarem a pagar a crise também, porque o risco que eles tem de ficar sem nada é real. Acham mesmo que a solução da crise está no crescimento económico como até aqui? crescer quanto e até quando? Consegue o mundo inteiro crescer economicamente por tempo indefinido? Não me parece...

Temos de partir para um novo modelo económico no futuro, mas isso não é algo que se faça a régua e compasso em cima de um estirador, e muito menos no escritório de meia dúzia de advogados e economistas.

Vai haver grandes crises ainda mais graves, pode mesmo haver guerras, e o Homem vai-se adaptar e vai resolver todos esses problemas como sempre faz.pelo menos é essa a minha profecia, até porque nem só de desgraça vive o Homem.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

De cigarros e da Ignorância!


    Aqui fica mais um tesourinho de autoria do autor, algures durante o decorrer do ano da graça de 1985. Se ficarem surpreendidos com a profundeza de tamanha reflexão em tão tenra idade, lembrem-se que aos seis anos de idade já o autor questionava a teoria criacionista do Universo.

Será o cigarro um companheiro ou um acto banal, será ele um assassino ou simplesmente um amigo, será um acto de imitação ou o resultado de uma imaginação e criatividade única?
    Muitas são as vezes em que eu me pergunto acerca daquilo que pode levar um indivíduo a pegar num cigarro ou a aceita-lo e por conseguinte a fuma-lo.
    É bem verdade que um cigarro nos faz companhia quando nos encontramos sós, ou muito simplesmente quando não nos encontramos bem com nós próprios, isto é, quando existe algo que nos perturba psicologicamente, na medida em que o ser humano é complexo ao ponto de se deixar influenciar pelos sentimentos dos outros indivíduos ou pelos seus próprios sentimentos, e, é aí que o cigarro nos aparece para nos fazer esquecer o problema que nos atormenta, aquilo que qualquer bom amigo faria se estivesse por perto, sendo assim também é o cigarro um pouco amigo, mas não tanto amigo assim, já que todos nós sabemos que o cigarro prejudica gravemente a saúde.

    Agora uma reflexão mais actual.
    Todos devem estar recordados de há uns tempos atrás ter surgido um surto da bactéria e-coli numa região alemã, mais concretamente na baixa Saxónia. As autoridades alemãs suspeitaram de inicio que a origem do surto poderia se encontrar em pepinos e tomates importados de Espanha. Pese embora nenhuma destas suspeitas se ter confirmado, pese o  esclarecimento das autoridades espanholas e portuguesas de que as variedades hortícolas em causa não serem comercializadas em Portugal, verificou-se um quase boicote total por parte da população aos produtos hortícolas, tudo isto ao mesmo tempo que a epidemia ainda se encontrava restrita a essa região especifica da Alemanha, sendo que os casos existentes em outras regiões ou países, se verificarem em indivíduos que se tinham deslocada à Baixa Saxónia.
     Já há alguns anos que em Portugal, e também no resto da União Europeia que as embalagens de tabaco dizem claramente em letras escura e garrafais, ''FUMAR MATA''. Todos sabemos que fumar provoca doenças cancerígenas e cardiovasculares, e de que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal, mas que diabo, ainda não vi um boicote ao tabaco como o que fizeram ao raio dos tomates e pepinos. QUE POVINHO MAIS BURRO!!!!.

domingo, 14 de agosto de 2011

Criticavam o materialismo? Pois agora aí têm.


 Engraçado como se critica tanto o materialismo da nossa sociedade, e quando cortam os rendimentos que lhe dá acesso, todos reclamam. ainda me lembro bem dos natais da minha infância, depois dos governos comunistas do pós 25 de Abril nos terem roubado tudo o que tínhamos e de nos espoliarem do nosso país, e nos obrigarem a deixar a nossa casa e os nossos parcos pertences, e a fugir de uma guerra civil que nos ameaçava a vida.
    Eram natais onde íamos para a serra recolher lenha para nos aquecer-mos á lareira á noite, onde íamos para os campos apanhar ervas aromáticas e medicinais para vender, afim de poder ter algum dinheiro para poder comprar botas e livros para ir para a escola. Prendas também tinha no natal, ainda hoje me lembro de um peão que o meu pai me fez de um tronco de carrasco, todo tosco, enfiou-lhe um prego de alto abaixo, e queriam ver como ele desandava nas horas.         Também me lembro de no verão os meus colegas irem um mês para a praia e eu ia dar serventia a pedreiros, e guardar as cabras.
    Lembro-me de o meu pai investir num negocio onde pagou juros a 42% ao ano na outra crise em que o FMI cá esteve.     Devo estar a ficar velho, pois já me lembro de muita coisa. Lembro-me por exemplo dos milhões que a Europa para aqui mandou que incentivou este pais ao laxismo, lembro-me de os pais não ensinarem os filhos a trabalhar, e de os manterem a viver em casa ate aso  30 anos.
    Esta sociedade não está á rasca, o caso é bem pior, é uma sociedade de tótós que choram de mimo á mínima dificuldade. Agradeço todos os dias aos meus pais pela educação que me deram em  dias felizes de dificuldades por que passamos, mas que me ensinaram e prepararam para dias difíceis que temos pela frente. Se a electricidade está cara, azar, eu fazia os trabalhos de casa á luz de uma vela ou de uma candeia a petróleo, e brinquedos? vou ensinar á minha filha que muito mais divertido que brincar com eles, é fazê-los.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Crescer


São remoinhos no espaço
Engolem tudo á passagem
Tudo sonho, e nada faço
Não passa de uma miragem
Aves voam sobre a paisagem
De flores e erva fresca
Também estão de passagem
Por uma terra como esta
Sob o limpo céu
Sobre as águas revoltas
Também vou voando eu
Dentro de um tempo que não volta
A calma, essa volta
Na carícia da manha
Já a noite, se revolta
Quando cai do seu divã
Quem caiu fui eu
Mas continuo a lutar
Com todo o esforço meu
Sigo aprendendo a voar
Fecho os olhos e vejo
O nada, dentro do todo
Abro os olhos, pestanejo
Afinal está tudo roto
É grande o desgosto
Do não cumprido desejo
Entre montes e vales
Procuro a velha utopia
Vem-me o cheiro a bem, e de outros
Abro os olhos, e só vejo males
Todos em catadupa vejo
Mas a nenhum dele desejo
De par em par observo
O mar á minha frente
De maré, calmo ou bravo
E já a certeza me desmente
Mas a este seu servo
A ignorância não mente
No escuro da espuma
Vejo a clara inocência
No meio desta bruma
Vou perdendo a inocência

sábado, 6 de agosto de 2011

Guerra à vista??

A escola socrática (desta vez é mesmo do vendedor de banha da cobra que falo).
Sinceramente cada vez percebo menos disto. O povo português foi a votos, e mandou o Sócrates para a escola outra vez, estudar filosofia em Paris, que diga-se bem precisa, faz-lhe bem realmente estudar sobre ética e moral e humanismo, Etc. Etc.,.
Mas é curioso, que já não sei se ele foi para Paris estudar ou ensinar. Quer me pareceu que ele já criou uma escola filosófica, como o Inimigo Publico lhe chama ‘‘Socratinices’’. Eu explico.
Ando assustado, muito assustado, ou se quiserem apreensivo, muito apreensivo. Primeiro foi a Grécia, depois a Irlanda, depois Portugal, agora fala-se na Espanha e também na Itália. Em todas estas situações dos diversos países que nomeie, os líderes políticos desses países bem como os líderes políticos da Europa agiram da mesma forma, ou melhor, agiram á presidente de clube de futebol português. ‘’o treinador? Não, o treinador está para ficar acreditamos no seu trabalho e temos toda a confiança nele, e quero desde já manifestar a nossa crença que ele vai dar muitas vitorias a este clube grandioso.’’ Três dias depois noticia de primeira pagina, ‘’treinador despedido’’. ‘’Ajuda financeira internacional? Não, nós não precisamos de ajuda financeira internacional!’’ .
Foi assim na Grécia, depois na Irlanda, depois Portugal, uma semana depois do famoso discurso de Sócrates em Bruxelas. ‘’é preciso acabar com este disparate de que agora todas as economias europeias precisão de ajuda umas a seguir ás outras, não, é preciso dizer basta e connosco isto acaba aqui’’. Lembram-se? Uma semana depois Portugal pede ajuda. Mas não sem antes a comissão europeia dizer. ‘’Portugal não precisa de ajuda, mas estamos á espera, se eles precisarem têm de ser eles a fazer formalmente o pedido, mas não cremos de que venham a precisar, Portugal tem todas as condições para sair da situação em que se encontra.
Depois disto, andaram aqui a embrulhar de um lado para o outro. Sobem taxas de juro, eleições, as agencias de rating são uns ladrões e estão a soldo dos especuladores, até que a ameaça se orienta rumo a nascente pelo sul do mediterrâneo, então, aqui del rei que temos de fazer alguma coisa. Cimeira europeia extraordinária e eis que: foi um sucesso, um tremendo sucesso. Jantar romântico em Berlim entre o Sr. Sarkozi e a Sra. Merkel, e já temos solução e agora é que vai ser e não temos medo de ninguém (onde é que eu já ouvi isto?).
Entretanto, do outro lado do grande lago, o Sr. Obama anda numa correria e com os nervos á flor da pele, sim, que isto de ser o presidente da maior dívida externa do mundo tem que se lhe diga.
E, eu aqui, sentadinho a vê-los desfilar, jantar a dois em Berlim à luz das velas, Berlusconi telefona a Sorkozi e Cameron, Sarkozi telefona  a Zapatero, Zapatero liga para Berlusconi e para Merkel, Junker reúne com Merkel e Sarkozi, entretanto liga a Barroso, o Barroso escreve cartas aos lideres europeus a dar umas dicas, o Olli Rehn dá uma conferencia de imprensa a dizer que o pessoal tem de ganhar juízo e deixarem de andar a falar uns de um lado, e outros do outro, e a Sra. Elena Salgado vem dizer ao Sr. Olli Rehn que se saiba por no seu lugar, as bolsas entram em queda, a ex. ministra das finanças francesas Christinne l’Agard,  agora á frente do FMI, rebenta em escândalo financeiro, a China diz que os EUA têm de começar a gastar só o que têm, até porque eles já estão fartos de lhes emprestar dinheiro para eles andarem a brincar ás guerrinhas no médio oriente, as bolsas continuam a descer, a Standart & Poors desce o rating dos EUA, e já não há linhas telefónicas disponíveis para os telefonemas entre Obama, Sarkozi, Merkel; Berlusconi, and so on and so on and so on.
Entretanto não nos podemos esquecer que temos uma guerra civil na Líbia, revoluções e massacres na Síria, mais um berbicacho no Egipto, e o Japão coitado ainda não tomou aspirinas que cheguem para que lhe passe a dor de cabeça do sismo e tsunami que se lhe seguiu.
O que é que tudo tem a ver com a escola do Sócrates? Tudo!
Estudaram todos no mesmo sítio, conferências de imprensa, umas notícias bombásticas na comunicação social para entreter o pessoal, entretanto começa a época futebolística, um massacre na Noruega que veio mesmo a calhar, um Verão em que nunca mais pára de chover, mais uma frota de gente parva a caminho da palestina para enfrentar o exército israelita, mais um telefonema, e entretanto ficam todos como no anúncio daquela companhia de telecomunicações em que ficam todos roucos de tanto falar ao telefone, ‘’até vais ficar com as orelhinhas a arder’’.
Os EUA em vez de começarem de vez a cortar na despesa, andam por lá todos à guerra uns com os outros para poderem gastar cada vez mais e mais.
Na velha Europa, desde que o pessoal se sente no sofá a ver bola e a beber cerveja, se preocupem com o meio ambiente, se entretenham a organizar umas greves, e continuem a ter dinheiro emprestado para andar de Audi e BMW, tudo vai bem, para já  não falar no bom estado social europeu.
Por estes lados, qualquer burro com um fato Armani é um senhor, todos se preocupam muito com a escravatura laboral no oriente, e nas ofensas aos direitos humanos daqueles que poupam dinheiro para emprestar aqueles que fazem vida de burgueses com as suas poupanças. Por aqui toda a gente tem muita pena dos pobrezinhos em África que passam muita fome coitados que nunca mais chove lá por aquelas latitudes, e vá de organizar grandes banquetes para angariar fundos para os pretinhos, tudo isto claro, com o dinheiro das poupanças dos chineses e dos indianos, lembram-se?
Quer me parecer, que se fizermos bem as contas, não há dinheiro que chegue em todo o mundo, para pagar todo o dinheiro que se deve em todo o mundo.
Há uma coisa que cada vez mais me parece clara como água. Os países não se podem continuar a endividar ao ritmo que têm vindo a fazer nas últimas décadas. Depois é preciso pagar as dívidas, para pagar as dívidas é preciso por as economias a crescer e a criar riqueza, mas o pessoal para poupar, não tem dinheiro para gastar em coisas que não precisa, economia não cresce. Dois terços da dívida dos EUA e da Europa está nas mãos dos chineses, quer isto dizer, que somos nós que vamos pagar para eles investirem e crescerem, enquanto nós estagnamos e vemo-los passar, mas, é preciso que nós paguemos a quem devemos. E se não pagamos? Conseguem imaginar? Guerra! Einstein disse uma vez que não sabia como ia ser a 3ª guerra mundial, mas que a 4ª ia ser à pedrada. Não resta pedra sobre pedra.
 Sou catastrofista? Pois isso é a influência da escola socrática na vossa forma de pensar.
A não ser que apareça um líder a sério que ponha ordem na casa, não vejo um futuro risonho para o planeta, é que se a globalização trás coisas boas, também é certo que as trás más, (o bem e o mal andam sempre lado a lado lembram-se?), e tanto se me dá que esse líder apareça na Europa, nos EUA ou na China, mas é preciso que apareça alguém que meta juízo na cabeça desta gente, mas por outro lado também não vejo como isso é possível com tanta democracia por esse mundo fora, com tanto estado social, e com tanta gente a viver à custa de tão poucos. Se agora é assim, imaginem quando se começar a comer Mc Donalds e a beber Coca Cola em todo o mundo.
Tenho andado a pensar ultimamente, que estudar filosofia em Paris é perto de mais, ouvi dizer que a NASA, vai enviar uma sonda até Júpiter, quer me parecer que vou apanhar uma boleia e ver como está o Verão por aquelas paragens, e mesmo assim, a ver se o sangue não chega até lá.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Para quando outras formas de vida na ficção cientifica?

Esta também já tem uns aninhos, é daquela idade em que sabemos tudo..., ou melhor, que pensamos que sabemos tudo...
  
  É apenas ficção! Ficção científica, é o que lhe chamam, mas porque? Porquê sempre do mesmo jeito, as mesmas formas, sempre a mesma imaginação fértil em falta de originalidade?
Porque será que o homem tem sempre de inventar coisas á sua própria semelhança e imagem? Já não lhes basta ter criado deuses a torto e a direito, e agora que essas criaturas estranhas e malévolas, quais forças de opressão, estão a passar de moda, deram em inventar criaturinhas ao jeito de M&Ms, de muitas e variadas cores e feitios, yahck, que nojo!
Porque não param para pensar um pouco? Nem é preciso despender de muito tempo ou energia. Não são as nossas formas físicas resultantes de variados processos evolutivos? Ou ainda acreditam que o dente do siso é que nos trás realmente o juízo, qual cegonha alada portadora de vida reprodutiva?
    A vida, é em minha opinião (e é apenas uma opinião e nada mais que isso) um vasto conjunto de reacções químicas que interagem fisicamente entre si, logo, se assim for; todo é possível, senão, pensem um pouco nas combinações possíveis que existem numa chave do totoloto ou do euromilhoes, e transponham isso para as centenas de elementos químicos que existem na tabela periódica, e isto apenas para os elementos que a ciência conhece neste momento, porque estou certo que muitos mais existiram.

    Por isso meus amigos pensem, acordem da letargia que lhes tolhe a razão, e criem, inventem, imaginem, façam o que quiserem, mas pensem, porque a vida é bem mais vasta que a vossa imaginação, ou então não……………

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mais um tesourinho


É tarde, nem sei quanto
É quantificável? Nem sei
Nem sei se sonhei, nem sei se acordei
Não sei que faço, tão pouco se esta por fazer
Sonolência, que pesar
Essa droga que nos põe a navegar
Caravela é preciso ter
Terras estranhas alcancei
Se é quantificável não sei
Já é tarde acordei

Noite escura, cálido breu
Doce beleza, é ela
Alvas barcas de veludo
Derivam nas areias quentes
Em busca de Sofia
Procurei e não te via
Nessas areias ardentes
Resolvi problema bicudo
Doce beleza era aquela
Qual aurora me surpreendeu

Que são sempre fixas
Nem sempre claras
Por vezes confusas
Por outras luminosas
Mas sempre brilhantes
Qual chuva de diamantes
Que te achem duvidosas
Ou mesmo difusas
Mas certamente pagas
Por expensas divisas



Vou chegar tarde
Mas não sei aonde
Haverá alguém á minha espera
Mas não sei aonde
Estará lá para me abraçar
Mas não sei porquê
Estará lá para me amar
Mas não sei porquê
Estará lá para me odiar
E nunca saberei explicar porquê
Voam aves ao sabor do vento
Para ilhas distantes
Levam sementes no ventre
São puros diamantes
Riquezas escondidas
De loucos sem alento
Nunca chegam tarde
E sabem onde
Algo á sua espera
Os aguarda impacientemente
É a Natureza do amor
É a Natureza da vida
A vida sem dor
Não é amor correspondido



São noites perdidas?
Não sei
Mas não acredito
Só se perde o que nunca se teve
se não tive, tudo o que tiver, será ganho
Com o amor e com o respeito de quem nos escuta
Com o amor e o respeito que te escuto
Era linda aquela noite em que o passarinho
Me levou ate junto de ti, voou pela solidão das trevas e penetrou nos subúrbios de tua aurora, nem sei como foi, nem sei qual o esplendor, que de teu mundo irradiou e me cegou, com o brilho do teu ser e da tua paixão, mas cego não sou, e cego não fiquei, acordei isso sim para o mundo e para a vida que de tal sono profundo me encontrava inconsciente.
Não direi, tudo o que sinto, mas farei tudo o que pinto em minha alma, onde lado a lado caminhamos juntos de um lago calmo, tranquilo, e límpido onde pequenos esquilos brincam em nosso redor. As flores cantam canções de amor e as arvores dançam em rodopios alegres e atordoantes onde a paixão é rainha e a tua beleza é minha.



Com um cheirinho a naftalina

Em virtude de manifesta falta de tempo (não pensem que é falta de inspiração, é mesmo falta de tempo), vou publicar umas bolas de mofo bolorento que descobri anafado em pó no fundo de algumas gavetas. Se vos parecer repetitivo em relação a algo que já tenha publicado ou até de certa forma infantil ou ingénua, nao se admirem, são coisas escritas num tempo lá buéé buéé buééda longe, tipo na terra do Shrek (é assim que se escreve?). Quanto á ilustração parece-me adequada, uma vez que este sem vergonha é o rafeiro mais inteligente que conheço, mais ainda que eu próprio e por todo o amor que tem por mim, já merece uma homenagem  ...NEEEEERO OO   QUIETO...QIIIIIIIEEEEEEETTTOOOOOO LARGA-ME AS CALÇAS.... ORDINÁRIO.... BANDÍÍÍÍÍIDOO



    Dá-me a impressão de que a vida não passa de pura energia, sim, porque é a única forma que encontro para explicar a vida, é defini-la como pura energia. Não acreditam? Então pensem como tudo aparece ninguém sabe bem como, como tudo se transforma e como tudo interage entre si. A vida é qualquer coisa de sublime, tão fantástica que até há pessoas que se atrevem a criar os chamados deuses para a explicar, que em certos casos até uma forma poética e até mesmo cómica de explicar factos e fenómenos que não conhecemos. Não fiquem à espera que eu tenha a resposta para todas essas perguntas, porque não tenho, mas tenho opinião, e é isso que este texto é, uma opinião, a minha opinião, sim porque ter opinião é ter vida, é saudável, é a razão da nossa existência, se todos nós fossemos uma única opinião, não haveria essa mesma opinião porque seríamos todos iguais e o pensamento tão pouco teria razão de existir. Mas o que é certo é que existe e é fantástico, mas, não pensem que a espécie humana é a única que pensa ou a única inteligente ou inteligível, ou até mesmo a mais inteligente de entre todas, porque todas elas são igualmente inteligentes, porque todas elas são igualmente dotadas de energia, essa energia em estado puro, que sendo sempre a mesma qualidade de energia, a todos torna diferente, e é essa a magia da vida, tão magica quanto inexplicável. 

    Porque será que se costuma dizer que um ser humano é mais inteligente que um cão ou um cavalo? Já pensaram que se o homem não conseguisse unir tão facilmente como o faz o polegar a todos os outros dedos da mão, talvez a nossa inteligência não tivesse uma aplicação pratica, e se encontrasse por esse motivo subaproveitada? Consegue um homem diferenciar tantos odores como um cão? Consegue o homem fazer mel como as abelhas? Consegue o homem parar o seu metabolismo celular para sobreviver a uma glaciação? Consegue o homem voar só com o seu próprio corpo?...Tantas coisas que nós homens consegui-mos fazer e outros animais não, mas existe também uma infinidade de coisas que outros animais, plantas, vírus, bactérias e tantos outros seres vivos, mortos ou inanimados conseguem fazer e nós não. O que existe são diferentes formas de inteligência, porque todos somos igualmente inteligentes, só que de uma forma diferente, ou seja, a energia que existe em todos nós, essa energia que somos nós, apenas se manifesta de maneira diferente em cada um de nós, e essa é em minha opinião, a razão pela qual todos nos somos diferentes mas ao mesmo tempo todos iguais e é essa ambivalência que torna tudo tão maravilhoso. De igual forma há uma tendência natural para qualificar o grupo social a que pertencemos de civilizado, e todos os outros de não civilizados ou até mesmo de selvagens. Nada mais errado em minha opinião. Todos são civilizados, cada um á sua maneira porque cada um tem as suas próprias regras, todos somos humanos, mas isso não impede que tenhamos diferentes regras de conduta entre nós, mas isso não nos torna incivilizados, mas tão só e apenas diferentes.