Os argumentos utilizados para argumentar contra a privatização da TAP, e em Particular a venda ao Sr, ''Efraymovich'' qualquer coisa, deixam-me deveras preocupado, e com vontade de fazer as malas para não mais pôr os pés em Portugal.
Parece que o Problema afinal é ninguém saber de que terra é o senhor.
Parece que nasceu na Bolívia mas é polaco e tem nacionalidade Brasileira, colombiana e eu sei lá mais o quê... menos mal que não é alemão.
Eu que nasci em Angola, Sou Português, resido na Alemanha, trabalho em França, passo ferias no Brasil, tenho mesmo de me por a pau.
Foi assim com este tipo de preconceitos que começou o Nazismo.
Depois dizem que 20 milhoes é uma pechincha. Lá está, só diz isso gente que nunca fez mais que passar a semana toda a insultar a entidade patronal e a suspirar pelas 17 horas de sexta feira.
Uma empresa tecnicamente falida onde o estado todos os anos enterra umas centenas largas de milhões de euros dos contribuintes, se fosse dada ainda era bem vendida.
Depois simpatizei com o homem quando ele disse: « ...não é para despedir ninguém, ate porque eu quero que a empresa cresça, e para isso vai ser preciso contratar muita gente, a não ser claro que tenha lá um montão de gente fazendo coisa nenhuma». acho que sim, vai mesmo haver despedimentos.
Se a TAP é um negocio assim tão bom porque é que só aparece um interessado quando para a ANA apareceram meia duzia, e para a EDP e REN?
Com um unico candidato só mesmo outro grande buraco chamado BPN. Num, roubou o Oliveira e Costa e companhia. Na TAP também lá anda muito ladrão, e são todos sindicalizados, e alguns também usam gravata.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Sinais dos tempos
Sinais dos tempos.
Os comunas e socialistas da nossa praça que entregaram Angola a meia dúzia de terroristas e assassinos para espoliar, matar e perseguir cidadãos portugueses em 75, são os mesmos que hoje se rebelam por Portugal estar a cair nas mãos dos capitais Angolanos.
Deveriam era estar contentes por ver que o Povo Angolano finalmente saiu da guerra, da fome, da miséria, da pobreza, das mutilações, e que são um Povo e uma nação, civilizada, livre, democrática, que atingiram altos índices de desenvolvimento sócio-económico que agora colonizão de volta a potencia colonizadora e exploradora, que é para provarem do seu próprio veneno.
Sinceramente, e como Natural de Angola e como Bailundo, não sei se devo rir ou chorar!
Os comunas e socialistas da nossa praça que entregaram Angola a meia dúzia de terroristas e assassinos para espoliar, matar e perseguir cidadãos portugueses em 75, são os mesmos que hoje se rebelam por Portugal estar a cair nas mãos dos capitais Angolanos.
Deveriam era estar contentes por ver que o Povo Angolano finalmente saiu da guerra, da fome, da miséria, da pobreza, das mutilações, e que são um Povo e uma nação, civilizada, livre, democrática, que atingiram altos índices de desenvolvimento sócio-económico que agora colonizão de volta a potencia colonizadora e exploradora, que é para provarem do seu próprio veneno.
Sinceramente, e como Natural de Angola e como Bailundo, não sei se devo rir ou chorar!
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Começa a acabar o prazo de validade deste governo
Com o intuito de combater a fuga ao fisco, e que eu subscrevo, este governo inscreve uma lei no OE 2013 que obriga todos os transportadores a comunicarem á autoridade tributaria todas as emissões de guias de transporte e/ou de remessa antes de o transporte sair para a estrada. Serão criadas para o efeito um portal na net e uma linha telefónica.
Agora imaginem uma empresa de transportes de Inertes, com 50 camiões cada camião faz 15 cargas por dia. imaginem um desaterro onde carregam dezenas de camiões por dia e cada um faz dezenas de cargas. imaginem transportadores com centenas de camiões imaginem, transitários que movimentam centenas de camiões por dia, em que cada camião cargado de grupagem pode levar mercadoria de centenas de expedidores diferentes.
Como se vai efectuar a comunicação?
A quem compete a dita, ao expedidor ou ao transportador?
Quem vai fiscalizar? Ou é mais uma lei para não ser cumprida?
Sou 100% a favor da luta contra a fuga ao fisco, mas sou 200% contra políticos que brincam á politica, brincam com os eleitores, brincam ás leis e brincam com a lei.Hoje mesmo vêm uns senhores do PSD dizer que é preciso fazer uma reforma fiscal. Devem estar a gozar comigo. quantas reformas fiscais houve neste país nos ultimos 30 anos? As leis mudam todos os anos quando duram mais de 6 meses, e é sempre para tributar mais, nunca menos. Tributar mais e pagar antecipado.
Resta dizer que a medida está inscrita no OE de 2013 mas que já foi adiada para maio de 2013, e entretanto aguardam-se a publicação de mais umas pazadas de portarias, despachos e circulares a tentar compor a coisa.
E que dizer desta polémica redução de indemnização por despedimento?
Só se aplica aos novos contratos? Como especialista em assuntos constitucionais, digo já que é inconstitucional uma vez que viola claramente o principio da igualdade.É uma lei iniqua porque não trata por igual todos os trabalhadores. Mas disso os sindicatos e o tribunal constitucional não falam, não deve interessar. Depois, não facilita nem resolve problema nenhum. Não vou contratar por saber que me vai sair mais barato despedir, mas poderia contratar gente nova se fosse mais barato despedir meia dúzia de velhos jarretas que nada fazem senão esperar pela reforma ou pelo dia da indemnização.Se fosse mais facil despedir os velhos, talvez fosse mais fácil contratar os novos, mas assim vamos continuara a envelhecer e a deixar fugir os novos e em especial os competentes.
As empresas para criar emprego o que precisão é de mais acesso ao credito, juro mais barato, justiça celere e eficaz, para fazer pagar os caloteiros, precisa de um sistema fiscal estável que não mude consoante o vento, precisa que o estado pague a quem deve a tempo e a horas, ou então que se sujeite ás mesmas sanções que se sujeitam os contribuintes faltosos, precisam que se acabe com burocracias inúteis que nada mais fazem que gerar corruptos e dar tachos a incompetentes Muitas mais há, mas se resolverem estas o pessoal já não se pode queixar muito.
Este governo teve apoio parlamentar, teve um a troika a apoiar e a dar desculpa para tomar medidas de fundo e impopulares, os sindicatos e a oposição, fossem quais fossem as medidas, criticavam e manifestavam-se sempre. Por tudo isto, perderam uma oportunidade de ouro de pôr o país e a economia nos eixos. Agora, começa-se a fazer tarde e os apoios a faltar, sem falar já na paciência.
Já nem vou falar nos ministros que se desmentem uns aos outros a toda a hora, bem sei que ninguém os obriga a pensar todos da mesma forma, mas essas divergências deveriam se manter no interior do Conselho de Ministros, quando isso transpira cá para fora, alguma coisa vai mal.
A minha paciência com este governo começa-se a esgotar.
Depois de ano e meio de esperança, começo lentamente a voltar à primeira forma, com este tipo de politica mansa vamos continuar a caminhar em direcção ao fundo, e acho que ainda não está perto.
Espero sinceramente estar errado.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Olhem-me só a lata do Gaiato!!!
Há uma imagem do cinema que me vai acompanhar para o resto da vida. O clube dos poetas mortos.
Não. Não tem nada a ver com o aproveitar do dia.Tem ver com mandar os alunos subir para cima das mesas. Para ter uma visão e um ângulo de observação que ofereça uma perspectiva diferente. E depois, aquela cena de libertar o grito que há em nós, ser-mos nós próprios e gritar o nosso próprio grito sem estar preocupado com o grito dos outros, nem com a figura que fazemos ao libertar o nosso.
Faço isso todos os dias da minha vida desde então. Colocar-me sempre numa perspectiva diferente e libertar o meu grito, que é o que me preparo para fazer de seguida.
Vem o marmanjo dizer que a culpa do nosso estado económico, são os subsídios que nos deram a Alemanha, os mesmos que ele e seus pandilhas, insistentemente e durante anos, negociaram em Bruxelas. Era sempre a maior preocupação dos tuguinhas, era não perder os fundos comunitários. Sim, esses fundos que esse senhor diz que vieram para deixar de produzir-mos. E pergunto eu!! E o senhor deixou??? O senhor não viu que nos estavam a pagar para deixar-mos de produzir? Porque não disse ao senhor Köll, ao senhor Schröder, e á senhora Merkell que não precisávamos de fundos europeus para nada, porque queríamos continuar a pescar, a criar couves, ovelhas, e a fazer camisas e fatos e pull-overs?? Ou será isto um reconhecimento de incompetência por parte de quem ainda governa, numa tentativa de sacudir a agua do Capote e ainda assim ficar na fotografia sem lama na bainha das calças???
Sinceramente senhor Costa. O senhor é igual a tantos outros, como aquele ex. autarca do Psd que hoje vejo no facebook a atribuir um cognome a PPC como se fazia antigamente aos reis. PPC segundo esse senhor ex. autarca e marido de uma Ex. deputada da AR, é o Corta, porque corta em tudo e brevemente o dito senhor já não sabe mais onde PPC vai cortar. Eu sei bem onde deveria cortar, e se calhar é esse o mesmo receio de vocês todos, é que PPC se lembre de cortar nas reformas chorudas e vitalícias que vos pagamos, em idade activa, e sem deficiência física. Sim, física, porque a julgar pelo estado do país, a vossa deficiência é mental, e grande.
sábado, 24 de novembro de 2012
Elogio astronómico da divina loucura
Elogio
astronómico da divina loucura
Segundo fundamenta
sua santidade o Papa Joseph Alois Ratzinger no seu
ultimo livro sobre a infância de Jesus Cristo, a estrela de Belém que conduziu
os Reis magos até ao menino Jesus, aquele que nasceu homem e se fez deus mas que
agora o Papa vem dizer que já era antes de o ser assim como a pescada porque a
sua mãe afinal era virgem ( das orelhas e mesmo assim…), era afinal uma
Supernova.
-Superquê??? Credo jesus virgem santíssima mãe de deus!!! Você não
faz isso por menos??? Já houve uns
quantos astrónomos que há muito defendem que seria um cometa. Sim, um simples e
vulgar cometa, é que eles conseguem fazer umas contas muito complicadas que
calcula a posição dos objectos estelares há muito muito tempo atrás. Agora vem o
senhor Ratzinger, sem fazer qualquer tipo de cálculos matemáticos, deduzo eu, e
diz que era uma supernova. Mas não se esqueça que essa coisa das supernovas
foram descobertas por cientistas e não criadas por deus, que eu saiba deus na
bíblia não fala em supernovas em lado algum. Super-reis, super-profetas,
super-diabos e essas coisas assim ainda por lá se encontra, supernovas sinceramente não me lembro.
Ora seguindo na onda
de modernidade cientifica que o Papa quer dar à sua dogmática igreja, e que eu
aliás aplaudo, já que qualquer mudança para melhor é sempre…melhor, deduzo que
a seguir, no seu próximo livro vai nos revelar que o quarto segredo de Fátima é
que o milagre do sol de 13 de Outubro de 1917 na Cova da Iria era um Quasar, e
que toda aquela vilanagem negocial e hipócrita que ainda hoje por lá subtrai
aos inocentes devotos o peso das suas ricas carteiras são radiações energéticas
do mesmo.
Mau mesmo para o
papa vai ser quando os senhores da Ciência, tipo aquele senhor australiano que
moveu um processo contra o papa em Inglaterra e é o líder do movimento ateísta
mundial, o senhor Richard Dawkins, exigirem a deus o pagamento dos devidos direitos
de autor à comunidade cientista por este
agora vir dizer que as supernovas e quasares, buracos negros, galáxias e outras
coisas do mundo natural e evolutivo são criações suas porque é misericordioso,
todo poderoso, omnipresente e omnipotente, que deus o lá tenha em descanso.
Tanto trabalhinho e tantas
pestanas queimadas á luz das velas e a espreitar pelos buraquinhos das lentes,
depois de moerem a cabeça com tantos e complexos cálculos matemáticos que
demoraram séculos a resolver, depois de tantos senhores inteligentes
perseguidos, torturados e queimados nas santíssimas fogueiras, vem agora o
artista e diz que afinal isto é tudo meu, digo, nosso, da igreja entenda-se. Ignomínia. A seguir vem o quê?? Que o ADN é o alfabeto divino??
Mas já estou mesmo a
ver deus entalado nesta disputa judicial ( que grande novela isto vai dar se o
julgamento for feito em Portugal, daqui a dois mil anos ainda andamos em
recursos), e a dizer ao senhor Ratzinger: «Éh pá, eu não tenho nada a ver com
essa merda, vê lá se te desenrascas com isso
que eu já tenho chatices que chegue», sim, é que isto de ser deus não é
vida fácil.
Muito engraçado
também, vai ser agora o senhor Papa e toda a sua corja, digo, cúria, explicarem
ás pessoas velhinhas e outras que sendo mais novas são igualmente inocentes e
ignorantes, o que é uma supernova. Conseguir agora passados dois mil anos de
culto pela estrela, explicar que afinal
aquilo não era uma estrela mas
uma supernova que não é mais que uma explosão de uma estrela que pode expulsar para o espaço até 90% da
matéria de uma estrela cujo núcleo remanescente tem massa superior a 1,5
Massas solares, e que a pressão de degenerescência dos
eletrões não é suficiente para
manter o núcleo estável; e então os eletrões colapsam com o núcleo,
chocando com os protões,
originando neutrões: e o resultado é uma estrela composta
de neutrões, com aproximadamente 15 km de diâmetro e extremamente
densa, conhecida como estrela de neutrões ou Pulsar. Mas, quando
a massa desse núcleo ultrapassa 3 massas solares, nem mesmo a pressão de
degenerescência dos neutrões consegue manter o núcleo; então a
estrela continua a colapsar, dando
origem a uma singularidade no espaço-tempo, conhecida
como Buraco Negro, cuja velocidade de escape é um pouco maior do
que a velocidade da luz. Fácil e claro, estou seguro que todos vão entender á
primeira sem duvidas e sem perguntas.
Engraçado, é que com
toda esta intenção de dar uma de modernidade e de abertura da sua fechada
igreja, o Papa continue a insistir que a
senhora era mesmo virgem quando pariu, e continua a afirmar a pé juntos que os preservativos
fazem mal á saúde e que a melhor forma de não engravidar é usar pasta de dentes
na dita, ou então telefonar ao Armando Vara, para facilitar um encontro com o
divino espírito santo, sim o divino, que com o dos bancos o Vara já tem
problemas que chegue.
Curioso também é que nestes tempos em que o mundo atravessa tão
grave crise, é que o senhor papa renuncie
ao voto de humildade do filho do senhor ao admitir que afinal não era um estábulo,o local onde ele nasceu, mas que era uma gruta e que afinal não havia vacas nem burros. Talvez um
pavão ou um morcego, digo eu.
Estou mesmo a ver o
senhor deus lá de cima do seu paraíso onde está sentado à esquerda do seu filho
deus feito homem, a mandar um fax, digo, um email ao senhor Ratzinger:
«Estimado capataz,
já estou farto de ouvir piadas foleiras acerca das merdas que andas aí a
inventar em meu nome. Já não me chegavam as piadas sobre as brincadeiras que tu
e o teu exercito aí andam a fazer com os putos, agora ainda te metes num universal problema astronómico de
dimensões galácticas, para já não falar nas interpretações abusivas que fazes
das minhas palavras divinas e de falares em meu nome. Vê la se resolves essa
merda depressa, se não mando-te 3 doenças piores do que as do teu antecessor ,
sem falar na corcunda.»
Eu pelo menos era o
que fazia, dava-lhe uma granda bronca, fazia-lhe pior que ao pobre Jó, mas eu
não sou deus...mas é pena, conto historias mais originais, menos aborrecidas e
muito mais verosímeis. Quem se deve estar a rir à brava com esta historia deve
ser o satanás, esse mafarrico ...
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Devaneios
Em tempos de lazer,
visitar templos e monumentos antigos nunca foi coisa em que perdesse muito
tempo. Afinal, quem vê uma igreja, um
castelo ou um mosteiro vê-os a todos.
Às vezes, paro
simplesmente diante deles, diante de todas aquelas pedras arrumadinhas e
alinhadas, umas em cima das outras, e percebo a dimensão da inteligência, da
vontade, do espírito de sacrifício e da fé dos seres humanos que foram
necessárias à sua construção e manutenção. O que eu não consigo imaginar, é o
que se poderia ter feito em prol da Humanidade e do seu bem estar, do seu
desenvolvimento social, se todas essas forças, esses meios, essa dedicação,
esse esforço e espírito de sacrifício e em especial essa fé, fosse posta ao
serviço do bem comum, e não ao serviço de um deus, de um santo, ou de um
qualquer monarca ou governante narcisista e lunático.
Da mesma forma, abro
a pagina do Facebook e deparo-me com toda uma listagem e um desfilar de
mensagens e de fotos e de vídeos, que revelam toda a capacidade imaginativa do
ser humano, toda a sua inteligência e
dedicação ao serviço do simples escárnio e mal dizer. As finas e originais
piadas sobre políticos. Às vezes, paro simplesmente diante delas e penso, na
forma útil que essas mesmas pessoas poderiam ter aproveitado o seu tempo em
beneficio próprio, das suas próprias vidas, do seu próprio bem estar e dos
seus, se colocassem toda essa capacidade imaginativa a trabalhar para si
próprios, na procura de emprego ou de meios de subsistência.
Como dizia JFK:
«pergunta o que podes fazer por ti e pelo teu país, não perguntes o que o teu
país pode fazer por ti.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
A Ratoeira
Cada vez me convenço
mais, que ao contrário do tão badalado por tudo o que é comentador e analista politico, tiro no pé de Passos
Coelho, a TSU, foi um golpe de mestre em estratégia politica.
Seguro e o seu bando
do PS andavam ansiosos por rasgar e pôr de parte a sua responsabilidade no
estado do País e no respectivo pedido de resgate financeiro bem como o programa
de ajustamento económico e financeiro que veio em anexo.
A ideia seria
descartarem-se do memorando o mais cedo possível para depois terem tempo para
preparar as eleições de 2015 já com o programa de ajustamento implantado, o
governo PSD teria feito o trabalho sujo e eles voltariam tirilene branquinho e
sapatinhos de vela a condizer para mais umas festas á conta do Zé Povinho.
O que este governo fez com o anuncio da TSU,
foi uma ratoeira em que Seguro e PS caíram que nem uns patinhos, e a julgar
pelo que se avizinha com a historia dos 4 mil milhões de cortes no estado, e
pelas respectivas declarações do PS, parece que ainda nem sequer deram pelo
erro, continuando com um discurso que se assemelha mais ao PC e ao BE que a qualquer sentido de responsabilidade.
O PS anunciou prematuramente o voto contra o OE para 2013, e agora vai
voltar a estar contra novas medidas. Se o fizer, arrisca-se a perder de vês o
barco, e caso o cumprimento do Memorando se venha a concretizar de forma
positiva como tudo indica que aconteça, não estou a ver que argumentos o PS vai
ter para dar a volta ao laço que deu em redor do seu próprio pescoço.
Seguro embarcou num
discurso demagógico de facilitismos e o governo preparou-lhe a cama ao jeito.
Fundamentou muita da Sua fraca argumentação num François Hollande, que no
espaço de uma semana vê cair para metade os níveis de popularidade, aprova um
orçamento de austeridade e hoje mesmo ao fim do dia assiste ao corte por parte
da Moodys do rating da divida francesa, já para não falar da cara com que tem
que encarar a Senhora Merkel cada vez que se cruza com ela em Bruxelas depois
de tudo o que disse.
Seguro não precisou
de mais do que um ano para assim provar que não tem carisma nem estatuto de
líder seja do que for, que as suas competências se resumem á gestão do seu
próprio orçamento familiar e até aí a sua esposa deve ser mais competente que
ele, é um fraco e um frouxo, o seu discurso é chato, repetitivo, aborrecido e
faz-me ter pena da sua mãe coitada que nem deve ter culpa nenhuma. Nunca fez
mais que viver á conta do orçamento de estado. Deveria ter ido para padre e
tremo só de pensar que alguma vez possa vir a ser PM de Portugal.
Caro A.J. Seguro,
deve ir ganhar experiência a trabalhar no duro e a sério, trabalho daquele que
faz escorrer suor da testa e sangue das veias, como aquele a que estão
habituados os Portugueses a quem o senhor promete muita vida boa e fácil. E já
agora, aproveite e leve consigo os rebanho de Galambas que o acompanham.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Profissão Esperto, … Chico-Esperto
Casa onde não há
pão, todos ralham e ninguém tem razão. Já diz o ditado e nunca se aplicou tão
bem como agora.
O país vive na
vertigem alucinante do Chico-espertismo. Toda a gente sabe tudo acerca de tudo
e mais alguma coisa.
Só me admira é que com tanto Chico-Espertismo, a situação
do País seja a merda que toda a gente sabe, lá está, toda a gente sabe tudo
acerca de tudo. Toda a gente sabe o que está errado, porque está errado e toda a gente sabe a solução. Mas a
verdade, é que continuamos na merda. Mas acima de tudo, há uma coisa que toda a
gente sabe sobre todas as outras coisas. É que nenhum de nós tem a culpa. Eu
não vi nada, não sei de nada, (a única situação em que não sabemos nada,
digamos que é a excepção que confirma a regra), não fui eu, e se fui não tive
culpa. Acho que foi aquele o culpado.(outra variante, além de saber tudo,
também achamos muita coisa).
Às vezes pergunto-me
porque não se muda o cognome do Povo Português de Lusitanos para
Chicos-espertos? É que quando toca a Chico-espertar nós somos os Reis, somos
melhores que Italianos, Espanhóis e Gregos, e olhem que eu sei do que falo,(lá
está, eu sei),e olhem que quando toca a Chico-espertismo nenhum deles deixa os
seus créditos por mãos alheias, os espanhóis até têm uma palavra para o facto
«esse tio es muy enteirado!»
Os árbitros não
sabem arbitrar, os treinadores não sabem treinar, os jogadores não sabem jogar,
os dirigentes não sabem dirigir, os políticos não sabem governar, os policias
não sabem policiar, os manifestantes não se sabem manifestar. O que é feito
pelos outros é tudo mal feito, e ninguém sabe nada, exceptuando eu próprio
claro, eu sei tudo, e como se faz tudo, se não faço é porque não me apetece,
mas sei, e melhor que toda a gente.
Típicos condutores
de fim de semana, autênticos campeões do rally e F1, que no café e facebook
somos os campeões da bazofia, mas depois somos o país com mais acidentes e
mortes na estrada da Europa.
Mais uma vez batemos italianos e gregos, e olhem
que eu sei do que falo, lá está, estão a ver? Eu sei do que falo, porque eu sei
tudo. Não há duvida, na arte de bem Chico espertar, os Chico- espertos dos
Portugueses são uns campeões.
Não há quem bata os
tugas, digo, Chico- espertos da espertezolandia á beira mar plantada, quando se
trata de dar opinião e mandar bitaites para dentro da casa dos outros, mas é
claro que eu não permito isso na minha, recebo sempre as visitas á porta ou na
rua, para não se ver como eu sei deixar acumular lixo dentro de casa, e também
sei limpar, e bem, só não me apetece, mas sei, no que toca limpezas sou um
campeão. A sério, até sei porque este país está na merda, a sério que sei, é
porque não sou eu a mandar, se eu mandasse, estava bem pior…acreditem, eu sei.
Mais um ditado: Cada
macaco no seu galho. Mas não, não aqui no habitat natural do Chico-esperto.
Aqui, todos os macacos pulam e saltam por onde querem, o problema é quando
algum macaco salta para o nosso galho, aí então é uma tragédia.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Teoria da conspiração
E pronto, a potencia
ocupante já se foi embora e tal como toda a gente previa, já estamos todos a
falar alemão, a cumprimentar-mo-nos de braço esticado, usamos todos minúsculos
bigodes debaixo do nariz, e já nos vamos todos deitar mais pobres e sem dinheiro
para amanha de manha alegremente correr-mos a comprar, Mercedes, Audi's e
BMW's, e maquinas de café expresso da Krupps.
Só é pena que não se
levantemos
todos ás 4 da manha com a lancheira à tiracolo e partamos alegremente rumo ao
nosso local de trabalho com um sorriso na cara sem ter aquela tomba de enfado
tipo ''funcionário publico administrativo que passa a vida a aturar ''
pessoas'' '', e a chamar nomes ao FDP do Patrão que passa a vida sem fazer nada
a viver à conta da exploração do pobre proletário.
Angela,
fica, não vás....
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Quando os professores viram tótós!!
Marcelo Rebelo de
Sousa queria fazer um video que mostrasse aos alemães as dificuldades que nos
foram impostas pela austeridade.
Em meu entender, depois de ver o video,
gostava que ele me disse-se que não tem nada a ver com aquilo, que o video não
passa de uma brincadeira de mau gosto feito por aqueles tipos do anti-troika.
Compreendo que o Marcelo esteja a tentar construir o caminho para Belém, mas
isto não é piscar o olho á esquerda, isto é um ''venham de lá esses ossos
camarada''.
O video em si, na minha opinião é um enorme elogio á capacidade
organizativa da grande nação alemã, que conseguem em tempo de crise, produzir muito e bem, exportar muito e bem, ter dinheiro para dar de esmola aos pobres,
e depois da mencionada ajuda do Plano Marshall no pós guerra, cresceram tanto
que se deram ao luxo de criar em nome da UE o seu próprio plano Marshall aos
países mais pobres da UE.
Depois a grande
injustiça do video é dizer que o país que mais contribui para o orçamento da
UE, que mais participa no esforço das ajudas comunitárias, e que o Povo que
mais contribui em causas solidarias de ajuda humanitária internacional, sofrem
de falta de solidariedade e de compreensão para as dificuldades dos mais
pobres.
Como Português, é um
dos momentos em que me sinto envergonhado.
Gostava de pertencer
e acreditar num país que se destinguisse pelo mérito, pela coragem, pelo esforço
e pela dedicação, e não pelas constantes lamurias, pelo espírito do Zé
coitadinho, e pela busca incessante por bodes expiatórias para justificar
fraquezas, incompetências e frustrações.
Parece que entrou em acção a maquina eleitoralista dos velhos do Restelo do PSD. Os mesmo que se votaram ao assassino silencio da morte publica de Pedro Santana Lopes, que agora se levantam contra o outro Pedro.Os mesmos que contribuíram para o esforço de levar o país á miséria e á ruína e que agora querem meter mais um boy em Belém.
Mas quando é que chega o dia em que os velhos se convencem que um dia têm de dar e confiar o seu lugar aos jovens? Admiram-se de ter jovens no desemprego quando são os velhos agarrados aos tachos que nem lapas que dão o pior exemplo.
Este país precisa de renovação. Precisa garantidamente do conselho e sapiência dos velhos, mas mais que isso precisa da força, determinação e coragem dos jovens.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
E diz isto que está preparado para governar??
António José Seguro, em entrevista à TSF, faz uma declaração surpreendente. Na mesma
frase, faz uma afirmação e argumenta contraditoriamente em relação à mesma, (falando da vinda de Angela Merkell a Portugal)reparem:
«O mais importante
que ela devia vir fazer a Portugal era anunciar o investimento alemão em
Portugal, é isso que estamos a precisar, não de palavras, estamos a precisar de
actos, de investimento em concreto, numa altura que o governo reduziu o
investimento publico a zero, e que o investimento privado não existe por falta
de um clima de confiança dos investidores, e precisamos de captar investimento
estrangeiro por isso uma boa medida era que ela chegasse na segunda feira a
Portugal e anunciasse investimento da Alemanha em Portugal.»
Ora vejamos, por um
lado é mau reduzir o investimento publico a zero, logo, com Seguro voltamos à
politica do betão. Depois, se os investidores privados não confiam em Portugal
para investir,
o que o leva a crer que os Alemães vão investir em Portugal sem que nada seja
feito para alterar esse clima de falta de confiança?? deve pensar que os
Alemães são tótós ou então que andam a dormir e a dar esmolinhas a Portugal. Se
por um lado dá porrada na Merkell todos os dias, por outro pede-lhe que invista
em Portugal. Estrategicamente brilhante sem duvida.
Mais
á frente na mesma entrevista, outra pérola. «o que eu gosto mesmo é de andar
junto das pessoas, a ouvir as pessoas, escutar o que as pessoas têm para me
dizer»
Yah!!!
isto explica muita coisa, o Senhor anda na profissão errada, deveria ter ido
para padre. pensando bem até que tem um certo ar de acólito...
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
AUTARCAS DE BARRO
AUTARCAS DE BARRO
Ligo a TV,
se não está vai logo de seguida para um canal de notícias, qualquer um serve.
Se não gosto da qualidade jornalística, do tipo entrevistar pessoas na rua e
ver como está o tempo na Serra da Estrela ou na Costa da Caparica, mudo
automaticamente de canal. Mas a peça jornalística que estou prestes a descrever
e a comentar, tem algo surreal, uma espécie de arte, que me fez aguentar sem
vomitar e assistir até ao final.
A base da
notícia em si, nem sequer é notícia, é apenas informação, algo que se repete e
repete todos os dias. Fala-se, correm rumores de que mais uma empresa a laborar
em Portugal vai fechar as portas e sofrer uma deslocalização da actividade
produtiva para outro país, ao que tudo indica, para a Tunísia.
Trata-se
de uma empresa de capital Alemão a laborar no concelho de Oleiros e que emprega
cerca de 100 pessoas. No meio da reportagem, entre os habituais dramas e
queixumes que vão do «eu trabalho aqui desde o principio» ou do «eu trabalho
aqui há 20 anos» ou do «trabalho aqui mais o meu marido», até ao fatídico e
invariavelmente conformado «o que é que vamos fazer agora, porque aqui neste
concelho não há mais nada?», no meio da reportagem dizia eu, e falando em
concelho, é inevitável a presença perante as cameras de reportagem da figurinha
do presidente da Câmara, todo engomadinho, e penteadinho, até parece que o
estou a ver há 30 anos atrás, antes de a politica fazer dele o que é hoje, a
desmontar da sua Sachs V5, a puxá-la para cima do descanso, a coçar os tomates,
a puxar do pente do bolso de trás das calças, a fazer aquele ar de pessoa
importante e a declarar estas preciosidades da oratória politico-governativa:
-É inadmissível isto que está aqui a acontecer, esta empresa não pode
fechar, o terreno é da Câmara ( deveria querer dizer dos Munícipes), e não paga
renda há mais de 20 anos, só pagam a agua e a luz, vou fazer pressão sobre o
ministro da economia, e aproveitar a vinda da Senhora Merkel a Portugal para
que ele (o Ministro) a pressione ( a Merkel) no sentido de não fechar a
empresa. Eles dizem que a querem levar para a Tunísia, mas nós vamos nos unir e
de dentro desta fábrica não sai uma única máquina.
Depois
para fazer tempo voltam a entrevistar mais uns trabalhadores que voltam a dizer
o mesmo, e voltam a entrevistar o Presidente da Câmara que volta a dizer
basicamente o mesmo, e é aqui que o jornalismo começa a perder qualidade e eu
mudo de canal.
Hoje de
manhã acordo, e vem-me á memoria esta extraordinária história, sobre a qual
estive a reflectir nos últimos momentos.
Ao
assistir a este tipo de cenas, compreende-se cada vez melhor porque este país
chegou ao ponto que chegou.
Primeiro: se não há alternativas em questão de
mercado de trabalho no concelho, isso também é responsabilidade do presidente
da Câmara, ou não? Não me parece que seja culpa da Senhora Merkel.
Segundo: A falta de estratégia e de visão
destes autarcas (e há por aí centenas deles), é tanta que até dá vontade de
rir. Meu caro senhor, para se fazer ou exercer pressão sobre algo ou alguém, é
preciso ter alguma força ou trunfo do nosso lado, chama-se a isso, capacidade
negocial, temos de ter algo que os outros querem e consideram importante, e
temos de evitar o mais possível estar dependente no que quer que seja da outra
parte. O que é que o senhor tem para dar ao Ministro da Economia e á Senhora
Merkel? Um concelho devastado por incêndios que o senhor ou quem o antecedeu
não conseguiu proteger, e um concelho que em termos de industria e a economia
se resume a um investimento estrangeiro, que cria 100 postos de trabalho,
baseado em baixa qualificação dos trabalhadores e consequente mão de obra
barata, ao qual não há alternativas. Em resumo, esse concelho é bem o espelho e
reflexo da dimensão da sua incompetência.
Terceiro: Impedir que as máquinas saiam, não
vai resolver nada claro, se há coisa que os alemães fazem em quantidade e
qualidade é máquinas, e levá-las da Alemanha para a Tunísia ou de Portugal, em
termos de custos globais de Transporte não fará grande diferença, e se aí
ficares com elas, como não tens inteligência para mais, o mais provável é que
elas enferrujem e apodreçam.
Quarto: O senhor deve pensar que a chefe do
governo alemão não tem mais que fazer e com que se preocupar. Tem noção do que
é a Alemanha enquanto país, economia e Povo em toda a sua dimensão? Tem noção
de quantas empresas como essa e maiores que essa existem na Alemanha? Tem noção
que também na Alemanha todos os dias fecham e se deslocalizam empresas como
essa e maiores? Tem noção que essa empresa quando aí se foi instalar no seu
concelho, já veio deslocalizada de outro lado? Realmente estou mesmo a ver a
Senhora Merkel Preocupada com o seu problema e a ser vítima de pressão da sua
parte por causa disso.
Quinto: Terreno e renda á borla? Acho isso
muito louvável e uma óptima medida para atrair investimento. Mas, também acho,
que isso não deveria ser um beneficio exclusivo de uma empresa estrangeira,
como também de todas as pequenas e medias empresas e jovens portugueses, que
muitas vezes se querem lançar num projecto empresarial e que vêm todos os
caminhos tapados e bloqueados á sua frente por causa de incompetentes e
burocratas corruptos como o senhor, que passaram o tempo a gastar o dinheiro
dos contribuintes alemães a construir rotundas ajardinadas, fontes de agua,
calçada, cinemas, polidesportivos, jardins, empregos e contratos de obra para
os amigos, e quando esses jovens querem um terreno para montar o seu negocio,
têm de o fazer na garagem ou no quintal das traseiras porque não existem zonas
industriais e artesanais e devidamente equipadas de infraestruturas para o
efeito, porque o terreno que têm não está no PDM, ou porque simplesmente não
têm dinheiro para subornar o Excelentíssimo Presidente da Câmara Municipal e
respectivos vereadores a fim de estes fazerem uma conveniente alteração ao PDM
entre as 23.00H de Hoje e as 08.00 H de amanhã.
Sexto: Compreendo perfeitamente que o Senhor
tenha umas eleições para ganhar dentro de menos de um ano, mas insistir neste
discurso e nesta politica demagoga, do populismo barato é chão que já deu uvas,
até porque os contribuintes alemães já começam a ficar cansados disso, é que
eles também têm problemas na terra deles que querem ver resolvidos, e os
contribuintes Portugueses também já começam a ficar fartos de encher o cuzinho
e a barriguinha destes autarcas cuja única preocupação é completar o numero de
mandatos necessários para garantir a reforma vitalícia, assim como a promoção
dentro dos órgãos do partido, visando alcançar tachos de maior diâmetro e
recheados de comidinha muito melhor condimentada. Mas o senhor, também não é o
único culpado, é que os munícipes que continuam a votar em si e a aplaudi-lo,
são os mesmos que não dão conta que passados 20 anos de subsídios europeus para
desenvolver e modernizar o país estruturalmente, temos uma estrutura que inunda
a cada 3 pingos de chuva, que tomba a cada 2 rajadas de vento, que desmorona a
cada noite de lua cheia e que cada vez mais suja se encontra. É que tanto
dinheiro depois, uma parte significativa deste Povo continua sem acesso a redes
de saneamento básico que funcionem, e em que grande parte dos esgotos das
nossas Aldeias, Vilas e Cidades, continua a escoar livremente para os rios,
lagoas, albufeiras, para o mar e subsolo.
Mas não
deixa de ser curioso que nem o senhor nem nenhum dos seus ilustres colegas de
profissão perca tempo para explicar o porquê de tal situação perante as cameras
de televisão exibindo o fatinho e a gravatinha tão bem engomadinhas.
Até aqui
têm-nos dado música, mas daqui para a frente é que vamos ver quem são os
autarcas com dedos para tocar viola.
Nota de Autor: O
Autor quer deixar bem claro que no texto acima escrito, não existem qualquer
tipo de insultos ou acusações seja de que ordem for, a quem quer que seja. O
Autor colocou algumas das vezes numa única personagem aquilo que pensa de toda
uma classe de pessoas. Por isso, o que existe em grande quantidade e talvez não
tão grande qualidade, são figuras de estilo literário, uma vez que sendo
baseado numa história verídica, a história aqui relatada pode ser ou não uma
puta de uma coincidência com a realidade que cada um, de qualquer um de nós
pode ou não conhecer, pode ou não ter alguma vez vivido, ou presenciado.
Se por acaso, algum autarca deste país se sentir melindrado,
ofendido, ou enfiar a carapuça de alguma coisa que aqui tenha sido dito, quero
declarar o seguinte:
Primeiro: não tenho
qualquer intenção de pedir desculpa, pelo menos para já, deixando no entanto
bem claro que não confundo o todo pela parte.
Segundo: A César o que
é de César. E á mulher de César não basta ser de César, é preciso parece-lo. Os
contribuintes têm feito a sua parte, até bem de mais. Se pagam os seus impostos
a tempo e a horas são contribuintes sérios e honestos. Os políticos, se querem
que os comecem a considerar pessoas de bem, sérias e honestas, então tratem de
mostrar resultado dessa mesma seriedade e honestidade.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Constituição da Republica para ricos.
Um estado social do Norte de Europa, sustentado por uma economia do Norte de África.
Será que estes todos poderosos ´´iluminati'' não se dão conta que: 1º só há estado social se houver dinheiro, só há estado social se houver economia que o sustente. que o estado social que temos tem sido financiado por endividamento e não por crescimento e criação de riqueza, e que quem nos empresta o guito para mantermos este nível de despesa só está disposto a continuar a fazê-lo se lhe dermos garantias de que vamos conseguir pagar. 2º ao defender de forma tão intransigente este estado social, o que se arriscam a fazer é acabar com toda e qualquer forma de estado social de forma definitiva, em vez de ter um estado social mais pequenino e de acordo com as nossas possibilidades ( NOSSAS, DO ESTADO, NÃO DOS CIDADÃOS. O que o Primeiro Ministro queria dizer com ''temos vivido acima das nossas possibilidades'' era nós estado, não os cidadãos em particular, mas dá jeito a muita gente que isso seja convenientemente deturpado).
Esta constituição tem 40 anos. nessa altura ainda um certo homem não tinha sequer sonhado que um dia todo e qualquer cidadão teria o seu próprio computador pessoal em casa. metade na população portuguesa ainda andava de burro e a pé e de bicicleta. Foi redigida num contexto sócio-económico que desapareceu por completo.
Foi a base da hipoteca económica que se fez ás gerações futuras, gerações essas, que por casmurrice e umbiguismo de certos confortavelmente aposentados, lhes vêem recusado o direito de terem uma constituição adaptada á realidade que vivem actualmente, e cujas dificuldades e desafios que enfrentam não estão previstos nesta constituição caduca e obsoleta onde toda e qualquer forma de progresso e desenvolvimento sustentado esbarra.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Por entre o perfume de rosas E as sombras das oliveiras
É nesse sorriso
lindo
Que nasce a
esperança
Nele vai a vida, vai
parindo
Toda a nossa
confiança
Por entre o perfume
de rosas
E as sombras das
oliveiras
Por entre bonecas e
prosas
Inventas tuas
brincadeiras
É apenas uma brisa
De pétalas douradas
Por entre nuvens
desliza
Nesta calma
madrugada
Neste calmo sono
Recordo os momentos
Aprendo, mas não sei
como
A construir estes
tormentos
É desse sorriso,
lindo
Que cresce a
esperança
Dele a vida vai
parindo
Toda a tua confiança
Por entra a brisa
das flores
E do vento das
árvores
Perguntas teus
temores
Por duvidas e amores
Explico a onde fores
Que não há mais bela
dor
Que tu meu Amor
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Jornalismo ou lambecuzismo?
Os jornalistas estão em greve e
em protesto.
Dizem que sem jornalismo, não há democracia. Eu corrijo. Sem jornalismo livre, sério e independente não há democracia.
Este jornalismo que temos, não nos faz falta nenhuma, porque tem sido conivente daa morte lenta e anunciada da nossa jovem democracia. Eu explico:
A noticia desta semana, logo a seguir ao anuncio do orçamento de estado que há uma semana que toda a gente sabia o que continha, é um acordo histórico entre o Ministério da Saúde e o Sindicato independente dos Médicos. Falou-se no assunto de raspão, nem aberturas de jornais, nem primeiras paginas nem letras garrafais, nada. Os jornalistas preferem ir para a rua entrevistar pessoas, preferem tornar-se eles próprios em analistas e comentadores. Chegam mesmo ao ponto de quando entrevistam um Primeiro Ministro ou um Ministro dizerem na formulação das perguntas ''...Mas eu Penso que...''. um jornalista enquanto tal, é isento, imparcial e como tal não tem nem deve expressar opinião. Deve sim informar o seu publico, seja contra ou a favor, goste ou não da informação que passa.
Dizem que sem jornalismo, não há democracia. Eu corrijo. Sem jornalismo livre, sério e independente não há democracia.
Este jornalismo que temos, não nos faz falta nenhuma, porque tem sido conivente daa morte lenta e anunciada da nossa jovem democracia. Eu explico:
A noticia desta semana, logo a seguir ao anuncio do orçamento de estado que há uma semana que toda a gente sabia o que continha, é um acordo histórico entre o Ministério da Saúde e o Sindicato independente dos Médicos. Falou-se no assunto de raspão, nem aberturas de jornais, nem primeiras paginas nem letras garrafais, nada. Os jornalistas preferem ir para a rua entrevistar pessoas, preferem tornar-se eles próprios em analistas e comentadores. Chegam mesmo ao ponto de quando entrevistam um Primeiro Ministro ou um Ministro dizerem na formulação das perguntas ''...Mas eu Penso que...''. um jornalista enquanto tal, é isento, imparcial e como tal não tem nem deve expressar opinião. Deve sim informar o seu publico, seja contra ou a favor, goste ou não da informação que passa.
No programa prós e contras do passado dia 15, Um Luso Brasileiro diz umas quantas
verdades incomodas. Vê-se um ''ilustre'' deputado e vice presidente da bancada
parlamentar do PSD fazer o sinal de ''Corta'' para os bastidores. Ficava bem á
Fátima Campos Ferreira, perguntar qual o incomodo do senhor deputado.
O Jornalismo em Portugal há já muito tempo que vendeu a sua alma aos senhores do templo. Por troca de umas migalhas e algum protagonismo e mediatismo. Agora dizem que estão mal e queixam-se, pois, é normal que assim seja. Vão agora pedir a quem se venderam que lhes resolva o seu problema??? Não me parece.
Quando deixarem de confundir de forma propositada informação com noticia, quando deixarem de se vergar ao poder dos corruptos em vez de fomentarem o poder da palavra e da informação objectiva, clara e imparcial, então aí sim sejam algo indispensável á democracia. Agora, não passam de mais uns badamecos vendidos ao poder de quem lambem o cuzinho.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Ser ou não ser Português! Eis a Questão
RECEITA
Ameijoas vietnamitas a 1.49 KG
Lombos de Tamboril limpo a 4.69 KG
Vinho Verde Muralhas 0,75l 12ºV 2.79
(AINDA DIZEM QUE A VIDA ESTÁ CARA?!!!)
Congelador no máximo. Colocar lá dentro a garrafa.
Paellador no máximo.
Azeite, cebola, alho, louro, Orgãos frescos, tomilho, fresco, salva fresca, alecrim fresco.
Alourar.
colocar as ameijoas..
Regar com 1/2 cerveja.
Colocar os lombos por cima.
uma pitada de sal por cima.
colocar o texto.
enquanto as ditas abrem.... umas tiras de presunto, de chouriço, e pão caseiros daqueles que a grande maioria de vocês nem tão pouco sonham.
entretanto o verde tá fresquinho.
Até aqui ao som de Tony Joe With ''Polk Salled Any'', ''Huuuummmmmmm''
liga-se a TV.
Hoje é 5 de Outubro.
Ouvem-se os primeiros acordes da Portuguesa.
Apesar de me estar simplesmente a foder para tudo, é inevitável aquele arrepio na ''espinha''.
ISTO É SER PORTUGUÊS?
Vou ali podar e envasar 3 Juniperus e 2 Escalonas!
venho já!!
Ameijoas vietnamitas a 1.49 KG
Lombos de Tamboril limpo a 4.69 KG
Vinho Verde Muralhas 0,75l 12ºV 2.79
(AINDA DIZEM QUE A VIDA ESTÁ CARA?!!!)
Congelador no máximo. Colocar lá dentro a garrafa.
Paellador no máximo.
Azeite, cebola, alho, louro, Orgãos frescos, tomilho, fresco, salva fresca, alecrim fresco.
Alourar.
colocar as ameijoas..
Regar com 1/2 cerveja.
Colocar os lombos por cima.
uma pitada de sal por cima.
colocar o texto.
enquanto as ditas abrem.... umas tiras de presunto, de chouriço, e pão caseiros daqueles que a grande maioria de vocês nem tão pouco sonham.
entretanto o verde tá fresquinho.
Até aqui ao som de Tony Joe With ''Polk Salled Any'', ''Huuuummmmmmm''
liga-se a TV.
Hoje é 5 de Outubro.
Ouvem-se os primeiros acordes da Portuguesa.
Apesar de me estar simplesmente a foder para tudo, é inevitável aquele arrepio na ''espinha''.
ISTO É SER PORTUGUÊS?
Vou ali podar e envasar 3 Juniperus e 2 Escalonas!
venho já!!
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
A Guerra das Pedras!
Bem, a minha paciência com este governo começa-se a esgotar. está-se a acabar o direito ao beneficio da duvida.
Já vi isto antes, sinto uma estranha mas infelizmente familiar sensação de ''Dejá Vu''.
Ganham-se as eleições, entra-se a todo o vapor, marca-se um golo ou dois, entram em relaxe e depois no fim do jogo o adversário de merda faz um contra-ataque rápido ou dois e marca dois ou três golos e prontos, já era.
Um ano depois já era para mostrar alguma coisa, mas continuamos a justificarmo-nos com o passado e agora até já se anunciam ''medidas de austeridade'', leia-se aumento de impostos empacotado, em dia de jogo de futebol da selecção nacional, que diga-se é uma infeliz originalidade Socrática.
-OH CHEFE, MAS ESSES CORTES E ESSAS GORDURAS VÃO NO CARALHO OU NÃO VÃO??? AS FUNDAÇÕES E OS INSTITUTOS QUE DÃO ABRIGO AOS AMIGUINHOS EXTINGUEM-SE OU NÃO??
Quanto ás reaçoes da oposição só se me apraz dizer uma coisa ou duas ou três:
Do Bloco de esquerda, essa cambada de gadelhudos mal cheirosos e sonolentos já ninguém sabe o que eles querem se alguma vez souberam. Do PCP é a cassete do costume, vale apenas pelo coerência. Ou será teimosia? Talvez afinal não alcancem mais mesmo.
Finalmente quanto ao PS, digo o seguinte: VERGONHOSO E NOJENTOS. SÃO UMA CAMBADA DE FILHOS DA PUTA NOJENTOS . SÃO UNS METE NOJO!!!! Ok!! eu explico para os mais distraídos: durante 15 anos puseram este país na MERDA, levaram o país á banca rota. no ultimo ano em que governaram, em menos de 12 meses apresentaram 4 PEC's e fizeram um pedido de ajuda financeira externa, e 12 meses depois, já não é nada com eles, até parece que governam a Alemanha, com dinheiro para gastar e esbanjar como se fossem a Alemanha dos anos 70 e 80. criticam a austeridade deste governo quando apresentaram 4 PEC's, deixaram o desemprego em 12,5 % a divida publica em 110% e a divida total em 210% do PIB. Este estado Português, consome 50% do nosso trabalho e eles falam em gastar mais. Insistem num discurso eleitoralista a pensar já em 2013 e 2015, esquecem-se todavia é que, se não se põem brevemente ao lado do governo para cortar nas despesas do estado a serio, em 2015 não vai haver país para governar.
Aquando da assinatura do pedido de resgate era preciso uma maioria de consenso o maior possível. Um ano depois o Ps abandonou o barco e tirou o cavalinho da chuva como se não fosse nada com eles. Revelam toda a sua incapacidade, incompetência e falta de responsabilidade para serem considerados sequer como uma alternativa viável. Uns autênticos merdas, um bando de garotos mimados e mal educados. Se no Ps houvesse gente com os tomates no sitio, o que faziam era uma pressão violenta sobre o governo para que este cumprisse o seu programa eleitoral. Mostrava alternativas e novos caminhos. apresentava ideias novas, mas é claro que para isso era preciso tê-las. Quando dizem que é preciso ajudar ou que não é preciso cortar deveriam apresentar as continhas todas feitas a explicar de onde viria o dinheiro. Diriam que era preciso atacar os poderes e interesses instalados. Ao proteger os seus próprios interesses e barões, essa cambada de mete nojo esquece que também está a proteger os interesses dos outros mete nojo, e como tal é de esperar que Portugal continue a ser um nojo, e a quem tem um mínimo de decência e coragem e um sopro de força nas veias, só lhe resta mesmo emigrar. Emigrar para deixar de uma vez por todas de pagar impostos que sustentam os comodismos do funcionalismo, do compadrio, dos lambe botas, dos lambe cus e dos afilhados.
Hoje, o Primeiro Ministro revelou que não tem força suficiente para cortar, rendeu-se.
Enquanto não houver um consenso de 3 ou 4 partidos com assento parlamentar a entregar o que nos resta de soberania ás instituições internacionais, isto não vai lá.
Aqueles que desejam e exercem o poder devem-se lembrar de vez em quando que o poder só serve de algo, se houver alguma coisa ou alguem sobre quem exercer esse mesmo poder.
Por este caminho, vão exercer a merda do poder sobre um monte de calhaus, se é que vai sobrar sequer as pedras, creio que até essas os Angolanos e os Chineses vão levar.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
O burro sou eu!
Sinceramente, cada vez estou mais burro. Não consigo perceber nada disto.
O Povo quer liberdade, mas quer que seja o Estado a tomar conta de tudo.
O Estado toma conta de tudo e depois queixam-se que não têm liberdade.
Queixam-se que os impostos são muito altos. Depois queixam-se que o Estado
não faz o que deve.
Exigem cada vez mais deveres ao Estado, depois queixam-se que o Estado
exige demasiado em impostos e que não têm liberdade.
Quem os ouve falar, ''-O Estado tem obrigação de criar emprego e fazer crescer
a economia e fazer investimento e o diabo a sete.'' Mas depois queixam-se que
o Estado fez tudo mal e como se isso não chegasse, continuam a exigir que seja
o Estado a fazer ainda cada vez mais daquilo que já provou no passado não
saber nem ter competência e vocação para fazer.
Eu cá na minha vidinha de burro estúpido, nunca gostei de confiar em ninguém
aquilo que quero para mim, nunca mando fazer quando sei e posso fazer eu
mesmo, nunca me queixo aos outros dos erros e dos problemas da minha vida,
não culpo os outros pelos meus erros e frustrações, e acho que se não gosto da
forma como o Estado funciona, então o melhor mesmo é não precisar dele. Mas
isso sou eu que sou mesmo burro, e cada vez estou pior ao que parece. Terá
cura?
O Povo quer liberdade, mas quer que seja o Estado a tomar conta de tudo.
O Estado toma conta de tudo e depois queixam-se que não têm liberdade.
Queixam-se que os impostos são muito altos. Depois queixam-se que o Estado
não faz o que deve.
Exigem cada vez mais deveres ao Estado, depois queixam-se que o Estado
exige demasiado em impostos e que não têm liberdade.
Quem os ouve falar, ''-O Estado tem obrigação de criar emprego e fazer crescer
a economia e fazer investimento e o diabo a sete.'' Mas depois queixam-se que
o Estado fez tudo mal e como se isso não chegasse, continuam a exigir que seja
o Estado a fazer ainda cada vez mais daquilo que já provou no passado não
saber nem ter competência e vocação para fazer.
Eu cá na minha vidinha de burro estúpido, nunca gostei de confiar em ninguém
aquilo que quero para mim, nunca mando fazer quando sei e posso fazer eu
mesmo, nunca me queixo aos outros dos erros e dos problemas da minha vida,
não culpo os outros pelos meus erros e frustrações, e acho que se não gosto da
forma como o Estado funciona, então o melhor mesmo é não precisar dele. Mas
isso sou eu que sou mesmo burro, e cada vez estou pior ao que parece. Terá
cura?
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Procuro o Dono de ''A Reliquia '' de Eça de Queirós.
Há dias, passava o dedo indicador direito por cima da lombada de alguns livros, arrumados numa estante debaixo de uma fina camada de pó. Faço isso algumas vezes, e ultimamente cada vez mais, o orçamento já não dá para comprar carradas de livros como antigamente.
Estava eu nisto, quando os meus olhos detectam algo, e o meu dedo pára. Era vermelho com um EQ na lombada, puxei-o para fora, e fiz o que sempre faço antes de decidir se compro ou não um livro. Abro numa página ao acaso, escolho um parágrafo ao acaso, e leio. Este eu nem precisava ler, muitas vezes o li, e só os pormenores não sei de cor.
Acabei de o ler, novamente, e espanta-me que de cada vez este livro me espanta ainda mais. É claro, é como um espelho em que nos olhamos a nós e ao mundo que nos rodeia. Os tempos mudam, mas a condição humana mantém-se. Encontramos isso em Eça de Queirós como em tantos outros autores desde Platão até qualquer um dos muitos autores que despertam todos os dias.
Este foi o livro que me libertou do fantasma e do síndroma chamado ''Os Maias'', entre outros. Livro do mesmo autor que me quiseram obrigar a ler com a bonita idade de 16 anos (espero que já não faça parte do currículo de ensino). No ano antes tinha lido Almeida Garret, e tinha adorado aquilo, por isso no ano a seguir parti a correr para mais uma aventura literária. Desilusão, só consegui chegar à página 47. Deve ter sido uma caimbra ou dor de burro. Ainda tentei o ''Amor de Perdição'' do Camillo de Castelo Branco, e as Pupilas do Senhor Reitor'' de Júlio Diniz, mas foi pior a emenda que o soneto.
Depois de todos estes traumas, refugiei-me no fascinante mundo de viagens e aventuras de Jules Verne, devorei capítulos e volumes por esse mundo fora, a correr atrás de mundos perdidos e imaginários, de máquinas invencíveis.
Foi durante uma dessas noites de Jules Verne, enquanto trabalhava na monotonia do turno da noite de umas Bombas de Gasolina, que conheci uma pessoa. Sujeito bem disposto e educado. De todos os clientes habituais e de ocasião que por ali iam desfilando durante as sucessivas noites, foi este individuo o único que se interessou pelo que eu lia. Desde logo demonstrou ser uma pessoa culta e inteligente, e isso interessou-me, porque gosto sempre de falar com alguém que pode ter algo para me ensinar. Por entre os camionistas que saiam de madrugada, os porqueiros que levavam os porcos ao matadouro, os feirantes carregados de hortaliça fruta e sapatos, os padeiros, as meninas da noite e seus fieis protectores, e aqueles clientes que eu nunca soube o que eram, mas que invariavelmente pediam sempre os 3 fatídicos - um Nestle dos grandes, um SG Ventil ( podia também ser Filtro ou Marllboro) e um isqueiro Bic dos grandes, não importava a cor, desde que funcionasse, e faziam sempre questão de o experimentar na hora, e que normalmente pagavam com aquelas notas de 2000$, meias fumadas qual chouriço e que por vezes até se colavam ás mãos que nem melaço. Era pelo meio de toda esta gente que por vezes aparecia este Senhor, que um dia me falou de Eça de Queirós, nomeadamente de um certo livro chamado ''A Relíquia'', depois de denotar em mim qualquer sinal de ateísmo talvez. E eis que, numa dessas noites em que o Senhor por lá passou me apresentou aquele pequeno volume encadernado de vermelho com a tão carismática silhueta dourada de um Senhor de óculo e bigode em pôse de pensamento na capa.
Aceitei o empréstimo, e em boa hora o fiz. Curioso foi que o dito senhor deixou de aparecer. Parecia quase um sonho, alguém que nos aparece enquanto dormimos para nos pôr juízo na cabeça com sábios conselhos.
Nunca mais vi tal pessoa, entretanto acabei de ler o livro, depois deixei aquele trabalho por outro. Perguntei a algumas pessoas se conheciam o Senhor e como o podia encontrar.Foram poucas as pistas que recolhi. Disseram-me que talvez fosse professor na escola preparatória da Corredoura ou do liceu em Porto de Mós, talvez História ou Português, que teria como nome ou alcunha algo parecido com Penção ou Pinção ( que parece coincidir com a assinatura que consta na Contra Capa do livro). Disseram-me até depois que poderia ter falecido.
Certo é, que o livro tem permanecido em minha posse, há cerca de 15 anos.
Quero por isso pedir a todos os que leiam esta mensagem, e por isso desde já vos agradeço, que me ajudem a saber a identidade deste Senhor, para que dessa forma lhe possa devolver o livro, ou em caso de infelizmente se confirmar que tenha falecido o entregar a alguém de sua família, para quem sabe o voltar a ler ou voltar a emprestar.
Há cerca de 15 anos atrás, o dito Senhor teria entre 30 e 40 anos, terá hoje entre 40 e 55 talvez. Teria cerca de 1,70 a 1,75 de altura, estatura media, cabelo preto ou pelo menos escuro talvez ondulado, usava muitas vezes um blusão vermelho, é possível que fosse professor de História e/ou Português, e também é possível que tivesse falecido nessa altura, como disse há cerca de 20 anos. Teria de nome ou alcunha Pinção ou Penção, que como se pode verificar pela assinatura da contra capa parece condizer. Era uma pessoa alegre e bem disposta, e gostava de conversar, de ensinar e de aprender.
Quero mais uma vez agradecer a este Senhor o facto de me ter confiado este livro sem me conhecer de lado nenhum. Foi uma grande lição que me deu. Os livros carregam e guardam dentro de si a Árvore do conhecimento, mas este de nada serve, ali, parado debaixo de uma fina camada de pó.
É preciso ir lá, subir a árvore e comer a fruta do conhecimento.
Mais uma vez o meu muito obrigado. Bem Haja.
Actualização.
O texto acima, foi publicado originalmente no dia 09/08/2012.
Nessa altura, pela divulgação nas redes sociais, consegui localizar o Dono deste Livro.
Trata-se de Nuno Pinção.
Enviei-lhe uma mensagem, à qual me respondeu algum tempo depois. Agradeceu o meu gesto, e fez questão de que eu guardasse o livro para mim. Insisti na devolução. Não aceitou. Insistiu que tinha todo o gosto que eu mantivesse e guardasse o livro para mim.
Agradeci-lhe encarecidamente. Convidei o para tomar um café e dois dedos de conversa. Aceitou.
Esse momento, infelizmente nunca chegou. Nem chegará.
Soube recentemente pelas redes sociais, as mesmas que me levaram de regresso à presença de Nuno Pinção, que faleceu.
Cedo partiu tão ilustre Senhor. Para mim, e comigo, pesará a falha da oportunidade que não tive de voltar a estar na sua presença, para o tal café, e dois dedos de conversa.
No entanto, a sua presença em mim, será sempre uma constante até ao fim dos meus dias. São assim os Grandes seres Humanos. Aqueles que por mais breve seja a sua passagem nas nossas vidas, nos marcam indelevelmente para todo o sempre.
Guardarei, religiosamente ''A Relíquia'', como uma verdadeira relíquia que é, porque é a prova da grandeza dos seres Humanos, aqueles de carne e osso, com virtudes e defeitos, que dispensam o divino, mas que encerram em si a grandeza e a simplicidade dos pequenos gestos, e porque existe em cada um de nós, um Raposinho e uma Dona Patrocínio.
As minhas mais sinceras condolências à Família e Amigos do Nuno Pinção.
Um Homem só morre, quando morre a sua memória, e o Nuno Pinção, para mim não morreu, apenas partiu, numa longa viagem, em busca da Relíquia.
Boa viagem Nuno.
Saint Avold, 01 de Dezembro, de 2015.
Estava eu nisto, quando os meus olhos detectam algo, e o meu dedo pára. Era vermelho com um EQ na lombada, puxei-o para fora, e fiz o que sempre faço antes de decidir se compro ou não um livro. Abro numa página ao acaso, escolho um parágrafo ao acaso, e leio. Este eu nem precisava ler, muitas vezes o li, e só os pormenores não sei de cor.
Acabei de o ler, novamente, e espanta-me que de cada vez este livro me espanta ainda mais. É claro, é como um espelho em que nos olhamos a nós e ao mundo que nos rodeia. Os tempos mudam, mas a condição humana mantém-se. Encontramos isso em Eça de Queirós como em tantos outros autores desde Platão até qualquer um dos muitos autores que despertam todos os dias.
Este foi o livro que me libertou do fantasma e do síndroma chamado ''Os Maias'', entre outros. Livro do mesmo autor que me quiseram obrigar a ler com a bonita idade de 16 anos (espero que já não faça parte do currículo de ensino). No ano antes tinha lido Almeida Garret, e tinha adorado aquilo, por isso no ano a seguir parti a correr para mais uma aventura literária. Desilusão, só consegui chegar à página 47. Deve ter sido uma caimbra ou dor de burro. Ainda tentei o ''Amor de Perdição'' do Camillo de Castelo Branco, e as Pupilas do Senhor Reitor'' de Júlio Diniz, mas foi pior a emenda que o soneto.
Depois de todos estes traumas, refugiei-me no fascinante mundo de viagens e aventuras de Jules Verne, devorei capítulos e volumes por esse mundo fora, a correr atrás de mundos perdidos e imaginários, de máquinas invencíveis.
Foi durante uma dessas noites de Jules Verne, enquanto trabalhava na monotonia do turno da noite de umas Bombas de Gasolina, que conheci uma pessoa. Sujeito bem disposto e educado. De todos os clientes habituais e de ocasião que por ali iam desfilando durante as sucessivas noites, foi este individuo o único que se interessou pelo que eu lia. Desde logo demonstrou ser uma pessoa culta e inteligente, e isso interessou-me, porque gosto sempre de falar com alguém que pode ter algo para me ensinar. Por entre os camionistas que saiam de madrugada, os porqueiros que levavam os porcos ao matadouro, os feirantes carregados de hortaliça fruta e sapatos, os padeiros, as meninas da noite e seus fieis protectores, e aqueles clientes que eu nunca soube o que eram, mas que invariavelmente pediam sempre os 3 fatídicos - um Nestle dos grandes, um SG Ventil ( podia também ser Filtro ou Marllboro) e um isqueiro Bic dos grandes, não importava a cor, desde que funcionasse, e faziam sempre questão de o experimentar na hora, e que normalmente pagavam com aquelas notas de 2000$, meias fumadas qual chouriço e que por vezes até se colavam ás mãos que nem melaço. Era pelo meio de toda esta gente que por vezes aparecia este Senhor, que um dia me falou de Eça de Queirós, nomeadamente de um certo livro chamado ''A Relíquia'', depois de denotar em mim qualquer sinal de ateísmo talvez. E eis que, numa dessas noites em que o Senhor por lá passou me apresentou aquele pequeno volume encadernado de vermelho com a tão carismática silhueta dourada de um Senhor de óculo e bigode em pôse de pensamento na capa.
Aceitei o empréstimo, e em boa hora o fiz. Curioso foi que o dito senhor deixou de aparecer. Parecia quase um sonho, alguém que nos aparece enquanto dormimos para nos pôr juízo na cabeça com sábios conselhos.
Nunca mais vi tal pessoa, entretanto acabei de ler o livro, depois deixei aquele trabalho por outro. Perguntei a algumas pessoas se conheciam o Senhor e como o podia encontrar.Foram poucas as pistas que recolhi. Disseram-me que talvez fosse professor na escola preparatória da Corredoura ou do liceu em Porto de Mós, talvez História ou Português, que teria como nome ou alcunha algo parecido com Penção ou Pinção ( que parece coincidir com a assinatura que consta na Contra Capa do livro). Disseram-me até depois que poderia ter falecido.
Certo é, que o livro tem permanecido em minha posse, há cerca de 15 anos.
Quero por isso pedir a todos os que leiam esta mensagem, e por isso desde já vos agradeço, que me ajudem a saber a identidade deste Senhor, para que dessa forma lhe possa devolver o livro, ou em caso de infelizmente se confirmar que tenha falecido o entregar a alguém de sua família, para quem sabe o voltar a ler ou voltar a emprestar.
Há cerca de 15 anos atrás, o dito Senhor teria entre 30 e 40 anos, terá hoje entre 40 e 55 talvez. Teria cerca de 1,70 a 1,75 de altura, estatura media, cabelo preto ou pelo menos escuro talvez ondulado, usava muitas vezes um blusão vermelho, é possível que fosse professor de História e/ou Português, e também é possível que tivesse falecido nessa altura, como disse há cerca de 20 anos. Teria de nome ou alcunha Pinção ou Penção, que como se pode verificar pela assinatura da contra capa parece condizer. Era uma pessoa alegre e bem disposta, e gostava de conversar, de ensinar e de aprender.
Quero mais uma vez agradecer a este Senhor o facto de me ter confiado este livro sem me conhecer de lado nenhum. Foi uma grande lição que me deu. Os livros carregam e guardam dentro de si a Árvore do conhecimento, mas este de nada serve, ali, parado debaixo de uma fina camada de pó.
É preciso ir lá, subir a árvore e comer a fruta do conhecimento.
Mais uma vez o meu muito obrigado. Bem Haja.
Actualização.
O texto acima, foi publicado originalmente no dia 09/08/2012.
Nessa altura, pela divulgação nas redes sociais, consegui localizar o Dono deste Livro.
Trata-se de Nuno Pinção.
Enviei-lhe uma mensagem, à qual me respondeu algum tempo depois. Agradeceu o meu gesto, e fez questão de que eu guardasse o livro para mim. Insisti na devolução. Não aceitou. Insistiu que tinha todo o gosto que eu mantivesse e guardasse o livro para mim.
Agradeci-lhe encarecidamente. Convidei o para tomar um café e dois dedos de conversa. Aceitou.
Esse momento, infelizmente nunca chegou. Nem chegará.
Soube recentemente pelas redes sociais, as mesmas que me levaram de regresso à presença de Nuno Pinção, que faleceu.
Cedo partiu tão ilustre Senhor. Para mim, e comigo, pesará a falha da oportunidade que não tive de voltar a estar na sua presença, para o tal café, e dois dedos de conversa.
No entanto, a sua presença em mim, será sempre uma constante até ao fim dos meus dias. São assim os Grandes seres Humanos. Aqueles que por mais breve seja a sua passagem nas nossas vidas, nos marcam indelevelmente para todo o sempre.
Guardarei, religiosamente ''A Relíquia'', como uma verdadeira relíquia que é, porque é a prova da grandeza dos seres Humanos, aqueles de carne e osso, com virtudes e defeitos, que dispensam o divino, mas que encerram em si a grandeza e a simplicidade dos pequenos gestos, e porque existe em cada um de nós, um Raposinho e uma Dona Patrocínio.
As minhas mais sinceras condolências à Família e Amigos do Nuno Pinção.
Um Homem só morre, quando morre a sua memória, e o Nuno Pinção, para mim não morreu, apenas partiu, numa longa viagem, em busca da Relíquia.
Boa viagem Nuno.
Saint Avold, 01 de Dezembro, de 2015.
Mais uma rodada, paga o Zé!!!
Normalmente uma fundação é fundada e financiada por pessoas a quem a sociedade deu muito, e ainda em vida ou depois desta, deixam grande parte de suas fortunas a essa mesma sociedade. Caso de Gulbenkian, Champalimmaud ou Bil Gates por exemplo.
Em Portugal dos últimos anos o paradigma mudou. qualquer Zé da treta, que nunca fez mais que viver á conta do orçamento, vai de lançar uma fundação de direito privado com capitais publlicos. Ainda se lembram porque é que o Vara saíu do Governo Guterres? Tachos, e mais tachinhos em arranjos e panelinhas, o que conta mesmo é sacar ao Zezinho, para instalar bem a familia, os amigos, os parceiros do governo, as comanditas da Loja, etc etc.
Trabalha Zé, que há muito quem gaste....ele é pelo oriente, pelo Sarabago, pela mete no Rego das tintas ( que passa a vida em Londres a dizer mal de Portugal), e eu sei lá que mais. Eles ficam com os louros e o prestigio de ter uma fundação, mas é o Zé que paga....
E depois ainda querem saúde e educação, e segurança social. e quem Paga? o Zé claro...toda a gente anda de fato e gravata num emprego do estado com carro, chaufeur e cartão de credito, e quem trabalha? o Zé claro...depois quando falta, a culpa claro é da grave crise, o governo fascista neo-liberal de direita, blá blá blá...a catamunha do costume, mas o coitado do Zé já nem sente, é que para esse, a crise já dura há século e meio, é o unico que não sabe o que é viver bem. Porquê? andou a trabalhar e a pagar para os que agora se queixam.
Queixem-se queixem-se, o Zé já se está fodendo, as mãos essas já estão calejadas, e de toda a maneira já sabe que é ele que vai continuar a pagar.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Sombras da inquisição
Muitas
são as ondas que se têm levantado contra o actual governo, com mais ou menos
vento, mais brisa menos tempestade, sem nunca atingir o nível de tempestade tropical. A que
mais me indignou (sim também me indigno, não pensem que não, só não o faço por
qualquer coisa), é a recente tempestade levantada pelo ‘’meritíssimo’’ bispo
das forças armadas Torgal Ferreira, que pasmem-se, até o apoio dos laicos e
ateus de esquerda merece, ou será que apenas estão a apoiar as declarações de
mais um seu compincha de esquerda também ele laico e ateu a julgar pelo teor
das suas declarações, nomeadamente no que diz respeito ás violações dos pecados
mortais nelas contidas. A não ser claro, que pela posição próxima de deus que
ocupa, beneficie de informação privilegiada no que diz respeito á não
existência do mesmo, explicando-se assim a Auxência de medo por eventuais
represálias do mesmo.
A
mim quer me parecer que é apenas mais um porco gordo a chiar na hora da morte e
da tão proclamada redenção final, até porque se deus existe mesmo, o diabo deve
estar a esfregar as mãos de ansiedade pela hora em que o vai apanhar a ele e a
outros da sua laia nos confins burocráticos e quentes do inferno.
Isto
de apelar ao combate á corrupção tem muito que se lhe diga. Não chega andar por
aí a vender noticias aos jornais, rádios e tv, com muita conversa fiada.
A
luta contra a corrupção não se faz nos órgãos de comunicação social, nem com
leis, nem com devaneios proféticos onde acusamos os outros de terem a casa suja
quando se esquecemos de limpar a nossa própria.
Esta
classe politica que nos governa (onde a igreja com a sua influencia sobre
grande parte da população também se inclui), não caiu aqui de para quedas vinda
de um planeta distante. Esta classe política é filha do povo que a pariu. Esta
classe política é corrupta porque todos nós o somos. Todos nós devemos bater
com a mão no peito e dizer ‘’por minha culpa, por minha tão grande culpa’’.
Todos nós devemos fazer uma introspeção e analisar quantas vezes na vida já
fomos também corruptos, isto antes de começar por aí a disparar em todas as direções
como se todos fossem culpados dos nossos próprios erros.
Quantas
vezes chegaram á caixa de um supermercado com uma garrafa de agua na mão ficando
na fila atrás de 2,3,4 pessoas com o carrinho cheio que lhe deram a vez?
Quantas vezes passaram á frente de alguém numa fila? Quantas vezes optaram por
não fazer algo que não é legal, ou menos
licito ou ético e que vos traria alguma vantagem, mesmo sabendo com certeza
absoluta que não seriam apanhados? Quantas vezes um ‘’toque’’ em alguém que
pode fazer algo por uma amigo ou familiar em certa instituição? A cunha do
emprego? A promoção facilitada? Uma multa perdoada? Um bilhete esgotado? Etc.
etc. etc.
Não
pensem que em certos países não há corrupção, claro que há, só que as pessoas
sabem lidar com ela. Nós, os portugueses não sabemos, passamos-lhe demasiada
confiança, porque precisamos demasiado dela. É demasiado importante para nós.
Dá-nos demasiado jeito.
No
fundo, tudo isto não significa que eu seja contra o combate á corrupção ou a
favor dela. Significa que não concordo com o método. Mais uma vez escolhemos o
método errado, aliás este país sofre imenso desse mal, falta de método e de
organização. Trabalhamos muito, mas mal. Sofremos muito, mas em vão. Tudo por
falta de método e de organização. Se chamam ás declarações do bispo combate e
denuncia de corrupção, então não me admira se daqui a pouco começarem a entregar
o ónus da prova do crime aos próprios acusados. Porque no fundo é isso que vale
acusar sem provas. Zero. Vejamos, no tempo da inquisição, quando alguém não
gostava de alguém, fazia uma denúncia, de preferência ao padre, dizia-se que
este ou esta era herege e bruxa e pronto, era imediatamente condenado á
fogueira. Mas os tempos mudaram, agora, para que alguém seja acusado e
condenado são precisas provas de crime, coisa que a malta do clérigo não está
muito habituada a usar. É mais do que claro que este bispo em particular não
gosta deste governo, mas não pode simplesmente sair por aí a apontar o dedo
apregoando justiça, é que dessa forma corre o risco de acusar injustamente
alguém, e comodizia Socrates o filosofo ‘’ não se deve responder á injustiça
com a própria injustiça, pois não nos é permitido ser injustos’’, ou como
cristo disse 370 anos depois, ‘’quando te derem uma bofetada, oferece a outra
face’’. Mas até nem é de estranhar vindo de alguém que vive do trabalho alheio,
sim, do trabalho daqueles que diz proteger.
Ao
senhor que acusa os governantes de serem diabinhos vestidos de preto, pergunto ainda
se já pediu desculpa à Humanidade por dois mil anos de tortura, escravatura,
violações, assassinatos, perseguições, genocídios, guerras, e demais macabras e
santas promoções da fé? Este e os outros senhores da sua laia, não são
diabinhos de preto, são a personificação do mal com chapelinhos roxos e anéis
de diamantes, e que, ao que parece agora, até dão um certo jeito a certas
facções políticas, desde que sirvam para atacar o governo. Pois meus amigos, no
fundo, bem no fundo, mas bem lá no fundo, no fundo em que se encontram os
valores desta sociedade, é disso que se trata. Dizer mal. E para isso tudo
serve. Senão reparem no caso da ‘’licenciatura’’ do Relvas: nunca ninguém se lembrou de dizer mal
do processo Bolonha ou como se chama essa treta, só se lembraram de dizer mal,
quando isso beneficiou alguém de quem não se gosta.
Mal
vai um país, em que a forma de critica e do direito á liberdade de expressão se
limita ao bota-abaixo.
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