quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Tua musica de embalar favorita


Every time you cry
Never before have I seen you look so blue
I can't find a cure and nothing comforts you
The light at the end of the tunnel
Doesn't shine at the end of the day
Everytime you cry
Save up all your tears
I will be your rainbow
When they disappear
Wash away the pain
'Til you smile again
I will be the laughter in your eyes
Every time you cry
Every time you cry
Time has a way of wounding what has healed
What can I say? I know just how you feel
Your soul is dark and troubled
Like a river running wild
Everytime you cry
Save up all your tears
I will be your rainbow
When they disappear
Wash away the pain
'Til you smile again
I will be the one who dries your eyes
Every time you cry
Every time you cry
Well, you know that's what I'm here for
I will give you when you need more
There will be no hesitation
I will reap no reward

Duas Primaveras!

Com a brisa da manha
Veio o cansaço maternal
E chegou a talismã
Lá dos lados do choupal
  

E chegas-te assim
Como quem não quer nada
Em silêncio, numa brisa do Mondego
Lá para os lados do choupal
Sorris-te, olhas-te para mim
Sentis-te a carícia dada
Do ser que protejo
Num abraço fraternal.

Dois anos passaram
Desde essa madrugada
Fresca, num quente dia de verão
Lá para os lados do choupal
Muitas vidas mudaram
Assim, como quem não quer nada
Foram abraços que protegerão
Num carinho fraternal.

Com receio de dormir
Com medo de não acordar
Canto uma música para ti
Para ajudar a sossegar
Damos passinhos de florir
Dois a dois, de par em par
Não te deixo cair a ti
Mas estou aqui para te levantar.

Um dia de cada vez
Vivemos na saudade
Já a vida é tramada
Desde a madrugada do choupal
Mas beijo a tua tez
Com muita, e toda amizade
Pois a vida é tramada
Depois da brisa do choupal.

As vidas passam
Por nós a correr
Mas nós a caminhar
Apenas de mão dada
As nossas almas se tocam
Não há nada a temer
A vida vamos partilhar
Apenas de mão dada

De mãos dadas a tocar
De cada um a vida
A alegria de sentir
Tal amor monumental
Por isso vamos trabalhar
A alegria sentida
O bom momento há-de vir
Lá dos lados do choupal

Desculpa o tosco da rima
Estou apenas a trabalhar
Mas é muito grande a estima
Estou apenas, a aprender a voar

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A loja do Amor!

E eis que um dia deste ao caminhar pelos blogs, me dou com esta mensagem:


Se eu algum dia tivesse feito uma lista sobre as características do homem ideal...Seria mais ou menos assim e sem qualquer ordem em particular: - Medianamente atraente.- Alto. Muito alto.- Que saiba tocar com delicadeza.- Que tenha barba.- Que não roa as unhas.- Cavalheiro.- Sensível.- Capaz de marcar a sua posição perante a concorrência mas sem fazer cenas.- Gostar de cinema.- Gostar de música.- Gostar de passar um serão com os amigos de volta de uma mesa com um jogo inteligente.- Que seja capaz de cativar os meus amigos falando-lhes de coisas que a eles lhe interessem mesmo que a mim não me digam nada.- Que goste de crianças e respeite os idosos.- Que saiba e goste de cozinhar.- Que goste de estar horas na conversa.- Que tenha sentido de humor e me faça rir.- Que flirt.- Que me consiga tirar o chão de debaixo dos pés.- Que tenha ideias próprias.- Que seja um bom amante.- Que goste de mar.- Que não use meias brancas.- Que não tenha a unhaca comprida.- Que não use os oculos de sol na testa (ou no boné).- Que não traga pendurado ao pescoço um cordão com a bela unha de javali.- Que não tenha nenhum relacionamento com outra pessoa. - Que não faça depilação.Pois, eu sei. Mesmo que eu procurasse com uma candeia acesa... Isto não existe, pois não?
    Não minha querida, lamento mas não existe mesmo. É impressionante a confusão que grassa pela cabeça de certas pessoas. Compreendo que é grande a ânsia das pessoas de amar e de ser amadas, mas o que me mete mais confusão é o facto de reparar que as pessoas querem voar, mas esquecem-se que não têm asas, quanto muito podem-se atirar de um penhasco ou de um prédio, mas até chamar a isso voar.
    Começo no entanto a compreender porque cada vez mais as relações entre as pessoas duram menos. Faz-se uma lista de compras, vai-se à loja e compra-se, depois chega-se a casa tira-se da embalagem, rasga-se numa pressa desenfreada, experimenta-se e volta-se a experimentar até à exaustão, e depois fica-se um pouco enjoado do brinquedo, afinal não gosto, mas agora já não tem garantia, vai para o lixo.
    Ora isto não tem nada a ver com amor, nem com amizade, e certamente não leva á felicidade.
    Primeiro que tudo há que entender uma coisa. Ninguém dá nada sem receber nada em troca.
    Este tipo de atitude pressupõe por parte de quem a toma, que não está disposta a dar nada mas a exigir tudo. Imaginemos que esta pessoa até encontra alguém que reúne todos os requisitos, mas se não estiver disposta a dar algo em troca à outra pessoa, no fundo, a cumprir ela também com os requisitos da outra pessoa, tem o falhanço da relação como muito provável.
    Este tipo de atitude faz pensar que as pessoas pensam tudo poder comprar, até mesmo a felicidade por que tanto anseiam. Não sabem no entanto, que a felicidade não está na perfeição do objecto do nosso desejo, mas sim, na serenidade da nossa própria personalidade, no sabermo-nos aceitar a nós próprios, e aceitar os outros como a nós  próprios.
    Não interessa para nada se tu és como eu ou muito diferente de mim, se temos os mesmos gostos e pensamentos. Não interessa o que podes obter ou dar numa relação. O que interessa verdadeiramente, é se se está disposto a aceitar e partilhar duas vidas numa só.
    Para ter uma grande relação não precisamos de duas grandes personalidades, precisamos sim de duas personalidades, grandes ou pequenas, que estejam disposta a construir juntas algo em que acreditem.
    Olho para esta lista, e em 27 items, eu próprio reúno 26, mas tenho a certeza que nunca seria capaz de aturar tamanha prepotência, tamanho orgulho, tamanha ignorância, tamanho preconceito, no fundo tamanhas parvoíce e estupidez.

domingo, 19 de junho de 2011

Guerra ideológica? Ou os Tolinhos da política?

UM UPER-CUT DE ESQUERDA E UM GANCHO DE DIREITA, E O SOCIALISMO FICOU SEM OS DENTES!

    Confesso que às vezes fico confuso, e tenho de parar, para respirar fundo, beber um copo de água, e às vezes mesmo um cigarro. Sinceramente, já não sei o que é ser de direita ou de esquerda, se é que alguma vez soube, e se pensar que pelo meio ainda há a social-democracia e o socialismo. Uns dizem que são de direita os segundos dizem ser de esquerda. Ah, e já me esquecia, ainda temos os democratas cristãos, os revolucionários, os nacionalistas, trotskistas, ecologistas, macrobiotistas e o raio que os parta a todos.
    Eu, Américo Da Conceição Varatojo, defendo a economia de mercado com iniciativa privada, defendo uma intervenção estatal somente no que diz respeito à função reguladora e fiscalizadora do estado, da segurança pública e da defesa do território e da soberania. Sou contra o aborto mas defendo que quem o quiser fazer o possa fazer livremente assumindo todas as suas responsabilidades inerentes, mas sem que eu o tenha de pagar com os meus impostos, defendo que as bebidas alcoólicas devam ser legais assim como o tabaco, então as outras drogas também o devem ser. Nunca ninguém conseguiu nem vai conseguir acabar com a prostituição, então porque não se legaliza e se dá condições de trabalho e de higiene a todas e todos os que vivem desse e nesse mundo?
    Não se pode pertencer a um partido democrata cristão, logo de direita ou extrema-direita, se se for ateu. Os ateus são sempre de esquerda. Não se pode ser de direita e ser a favor do aborto. Se defendes o aborto és de esquerda. Não se pode defender as privatizações das empresas estatais e ser de esquerda, mesmo que seja a favor do aumento do salário mínimo. Não se pode defender uma economia liberalizada e ser do partido os verdes, porque estes são contra tudo e todos. Também não se pode usar rastas e defender a participação na NATO. Assim como também não fica bem usar sapatos de ‘’vela’’ com uma t-shirt do Cheguevara. Não se pode ser de esquerda e ser contra a emigração ilegal.
    Tudo isto sem falar de comunismo e fascismo, porque isso eu não sei o que é nem nunca soube, e noventa por cento dos que usam esses termos também não sabem, porque nunca viveram na Rússia nem no Chile, Alemanha ou Itália da primeira metade do século X. se me dizem que o Prof. Salazar era fascista então eu pergunto, e o Sócrates é o quê? Se o Carlos Carvalhas é comunista, então o Portas é o quê?
    Esta sociedade portuguesa parece um molho de gatos dentro de um saco. Andam todos à bulha uns aos outros sem saberem o que querem, de onde vêm e muito menos para onde vão. Acham sinceramente que faz algum sentido estas disputas pseudo-ideologicas, que os leva a todos à completa ausência de razão? Desde quando é que só defende a cultura quem é de esquerda? Desde quando a direita não se pode preocupar com o ambiente?
     Acho que deviam por os olhos em sociedades mais avançadas que nós, e não estou a falar de défice ou de balança comercial e muito menos de PIB ou poder de compra. Estou a falar de civismo, onde as pessoas se preocupam com a sociedade onde vivem e participam dela. Onde cada um varre o passeio em frente da sua casa, onde se espalha comida no inverno para os passaritos não morrerem de fome, em Portugal matam-nos, agora até os melros já são espécie cinegética, onde as pessoas apanham frutos silvestres para fazerem compotas e chás, onde se fazem feiras de roupa usada, onde cada um separa o seu lixo, onde as pessoas se respeitam aceitam como diferentes que são, e onde ninguém impõe as suas ideologias ou convicções aos outros sem no entanto deixar de as defender educadamente. Se não gosto de touradas, que direito tenho de as proibir a quem gosta? Também não gostava que me proibissem de ver 25 palhaços a correr atrás de uma bola durante hora e meia. Eu não sou a favor do aborto, mas que direito tenho eu de proibir quem os quer fazer? Sou a favor de uma alimentação vegetariana, mas isso não significa que proíba os leões de comer carne, nem obrigue as couves a comer sapos.
    Acho que isto sim é ser liberal, defender uma sociedade onde todos somos igualmente diferentes e nos sabemos aceitar educadamente. Ser liberal está longe de se ser de ‘’direita’’, onde se defende o poder do capital económico e se oprime os trabalhadores desgraçados. Num mundo liberal, patrões e trabalhadores sabem se respeitar mutuamente, porque todos compreendem, aceitam e respeitam a sua posição dentro da sociedade. O problema está quando não aceitamos que somos igualmente diferentes, e que há pessoas com capacidades diferentes e com ambições diferentes, como tal tem de desempenhar funções diferentes dentro da sociedade. Um estado liberal, é um estado onde as leis são simples e funcionais, que deixam espaço a cada cidadão para ser igual a si mesmo, sem que o estado interfira na sua liberdade do direito de decidir sobre a sua própria vida sem prejuízo das dos outros.
    E dizem vocês que tudo isto é muito bonito, mas igualmente utópico. E digo eu que nada é utópico até pelo menos não se tentar. Quando Copérnico disse que era a terra que se movimentava em volta do sol, mandaram-no para a fogueira. Mas quem é que tinha razão afinal? Alguém diria à 200 anos atrás que as mulheres podiam votar? Ou que a escravatura ia acabar?
    É mais que tempo de ganharmos juízo e acabarmos o que D. Afonso Henriques começou. Uma verdadeira nação que tenha muito mais que fronteiras, que tenha horizontes, objectivos, ambições, e acima de tudo que se saiba dar ao respeito, porque com estas mentalidades e esta visão, não vamos longe!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A festa dos Vizinhos

     No outro dia fui convidado para um acontecimento deveres original. Num pacato bairro dos arredores de  Paris, fui convidado para participar num evento chamado ‘’a festa dos vizinhos’’.
     Ora no dito bairro, e pelo que me apercebi em outros da mesma região, a autarquia local permite aos moradores de cada rua, fecharem a rua uma vez por ano ao trânsito, mas estes vizinhos fizeram mais, juntaram-se os moradores de varias ruas e assim já podem fazer umas quantas festas a mais.
Pela manha, os serviços da câmara vem fechar a rua com os devidos sinais e grades, e a partir daí e até cerca das 9 ou 10 da noite, a rua está completamente e exclusivamente por conta dos seus respectivos moradores. Trazem mesas, chapéus-de-sol, grelhadores, cadeiras, entradas, bebidas, carne, peixe, queijo, sobremesas, e acima de tudo, boa disposição.As crianças podem andar de bicicleta, patins, jogam à bola,fazem os mais variados jogos e brincadeiras, e tornam um bairro citadino numa autentica aldeia onde se ouvem os gritos da pequenada de manha até à noite.
Trata-se realmente de uma grande ideia para revitalizar estes dormitórios modernos onde as pessoas durante quase todo o ano nem sequer se cruzam e quando o fazem, não há mais tempo do que para um rápido bom dia ou boa tarde, onde a tradição de que os nossos vizinhos são a nossa família, se perdeu por completo. Mas acima de tudo o que mais gostei de ver foi a total ausência de complexos ou preconceitos snobistas tão vulgares no povo franco, onde toda a gente envergou as suas vestes mais simples, casuais e descontraídas que lhes foi possível, desempenaram os seus narizes normalmente empinados, e saíram para a rua com a única preocupação de que  o céu se pudesse desabar numa tremenda trovoada, coisa que aliás aconteceu 5 minutos após o fim da festa.
     Ficamos a conhecer o modo de vida de vidas tão diferentes das nossas, partilhamos experiencias e conhecemos pessoas de verdade, e não aquelas amostras virtuais e enlatadas cada vez mais na moda hoje em dia. Fiquei a conhecer a nova forma dos jovens do sexo masculino se cumprimentarem por terras francas, com dois beijos, importando assim uma tradição de outras paragens mais orientais, e a propósito, e uma vez que os tugas gostam de importar também eles tudo o que é estrangeiro, estou curioso de saber quanto tempo vai demorar a moda a chegar por terras lusas, talvez comece já depois do próximo mês de Agosto.
     Claro que no outro dia de manha vamos voltar a cruzar com as mesmas pessoas, e com a mesma pressa habitual, mas pelo menos vai haver um sorriso certamente diferente, e saberemos que se trata de um vizinho e não de um ladrão. 
    

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Filha! ÉS Tu

      Filha,
      Muitas coisas já vi
      Se alguma vez vi uma coisa boa,
Filha, foste tu
Muitas coisas eu já tive
Se alguma vez tive um sonho bom,
Filha, foste tu
Não há mais nada que eu queira fazer
Que passar o meu tempo amando-te
Se alguma vez vi uma coisa bonita
Filha, foste tu
Dizem que uma vez na vida
Encontras a tal pessoa
Que fica sempre a teu lado
      Não interessa aonde vás
Mas eu sei que deve ser verdade
Porque Filha, eu encontrei-te
Se alguma vez tive uma coisa boa
Filha, foste tu
Sabes que toda a gente precisa
De alguém para amar
Porque é uma longa e solitária caminhada
Mas eu não sei o que faria
Se Filha,... não te tivesse a ti
Porque é uma longa e solitária estrada
Para fazer sozinho
Se alguma vez vi uma coisa boa
Filha, foste tu
Se alguma vez tive uma coisa boa
Filha, foste tu.
Pela vida passamos
Umas vezes juntos, outras separados
E caminhando vamos de mãos dadas
Ou mesmo ao colo
Ou mesmo às cavalitas
Filha, foste tu
Foste tu que me abristes os olhos
Para a realidade nua e crua
Filha, foste tu
Despertaste em mim o valor das coisas
Apagas-te o seu preço
Filha,foste tu
Sinto,respiro o teu nome
Que é meu também
Por montes e vales
Por planícies intermináveis
Vou procurar por ti
Te ensinarei a caminhar
Porque a mim, já tu ensinas-te
Que o bem e o mal
Também eles caminham
De mãos dadas, amigos inseparáveis
Filha, foste tu
Foste tu que me abristes os olhos
Para a maior riqueza da vida
A propria vida
Porque Filha, foste tu
Filha, foste tu.

sábado, 4 de junho de 2011

CAMPANHA ELEITORAL, REFLEXÃO

    E pronto acabou a campanha eleitoral, agora só voltamos a ter companha na próxima segunda feira, mas de uma forma diferente. Acabou a hora do engate, segunda-feira passamos aos primeiros tempos de casado. É só amor para aqui amor para acolá, queridinho e fofinho, abraços carícias beijinhos e leves suspiros. Os ‘’desaparece-me da frente’’ ou o ‘’não me chateies c…….’’, esses vêm mais tarde lá para Setembro ou Outubro quando chegarmos á discussão do próximo orçamento de estado. Aí, até já aparecem as insinuações á sogra, á família e aos amigos, deixam de sair juntos ao domingo á tarde e passam a sair sozinhos á sexta á noite, ela vai ‘’beber café com as amigas’’ ele vai ‘’ver a bola com os amigos’’.
    Como sempre, há coisas na política portuguesa que nunca mudam, houve coisas que me surpreenderam e outras nem por isso, outras ainda, assim assim. Claro que temos de ter a noção que aqueles sujeitos afinal não passam de políticos, essa classe ostracizada pela sociedade coitadinhos.
     Assistiu-se como previsto por parte do bloco de esquerda e do partido socialista ao habitual abaixamento do nível, politico, ético e moral. Demagogia barata aos pontapés servida com insultos rançosos, e como sobremesa, um certificado de incapacidade intelectual a todos os portugueses que neles acreditam, nem o novas oportunidades fez melhor.
    O partido comunista manteve-se na mesma. Manteve o cerimonial e a tradição ao bom estilo marxista que vive em mundo capitalista. Ainda não ouviu falar em cd, ipod ou mp3. Continua a gravar em cassetes de fita de carbono analógica e delicia-se ou som da internacional em disco de 78 rotações. Arruadas sardinhadas, bifinhos com cogumelos e batatas fritas cozidas em óleo, abaixo os capitalistas e acima os coitadinhos, vamos nacionalizar o Belmiro de Azevedo que o Champalimaud já morreu e nunca lhe ouvi gabar a fundação, ( oxalá nunca nenhum comunista venha a sofrer de cancro e que a dita fundação lhe venha a prestar auxilio), ganhou o prémio do mais desejado pelas fêmeas, não conseguiu no entanto ganhar o prémio do mais charmante, ficando esse para o pseudo-engenheiro. Curioso ter ouvido o secretario geral do PCP, digo da CDU, a falar e a usar o termo espoliados. Normalmente esse era um termo e um tema exclusivo do CDS, mas desta vez não, foram mesmo os comunas que espoliaram mais de milhão e meio de portugueses das suas vidas dos seus pertences e dos seus lares sem nunca os indemnizar com o pretexto que andavam a cavalo nos pretos, como se os pretos coitados fossem cavalos, que vieram com esse termo de novo á rua numa campanha, se bem que desconfio não fosse no contexto que eu gostava que fosse.
    Troca de papéis houve também no CDS, digo, no CDS-PP, perdoem-me, não me consigo adaptar a estas modernices, dizia eu, o CDS-PP, desta vez até andou de cravos vermelhos na mão, lá está, em troca de papéis com o PCP, digo da CDU, tanto mais que houve vezes em que tive de esfregar os olhos com o discurso de esquerda do Paulo Portas, seja lá isso o que for. Devo dizer no entanto que foi durante toda a campanha, quem teve o discurso mais coerente, mais directo, mais afastado das polémicas e das birrinhas de garotos, não respondeu a provocações, levando desta forma até ao fim uma mensagem de respeito pelo eleitorado, usou mas não abusou da demagogia, pareceu-me realista, preocupando-se com a sua casa, não se deixando arrastar para a multidão pelas investidas dos adversários.
    Do bloco de esquerda nem vou falar mais, desprezo nem os cães o querem, e aqueles não param de ladrar, …da-seeeeeee que já me dói a cabeça, nada de confiança a esta gente, mas do Socras no entanto não resisto, não é que ele mereça mais atenção que os desvacinados, mas acho que é lamentável e nojenta a forma como aquele palhaço baixou o nível do discurso político, e atenção que disse discurso e não debate, porque isso ele recusou-se terminantemente a fazer. Quando não era ele, era um qualquer outro boy pau mandado tipo Silva Pereira, Santos Silva ( cão de caça, até me admiro como o tipo não está no be), deve ser um pouco mais inteligente coitado),  e o degenerado Basílio Horta que anda também ali pelo rato a apanhar umas migalhinhas, Helena André, e essa vedeta humorística da vida política portuguesa, analista dos dados do desemprego segundo decreto do sr. ‘’engenheiro’’, Valter Lemos, que cromos. Achei curiosa a atitude de Luís Amado, o nosso amado conterrâneo, pôs-se ao fresco, calou-se, saiu de mansinho, e, ou muito me engano, ou poderá surgir como o sucessor do Pinóquio, e sinceramente, com o devido desconto de opinião que tenho por qualquer socialista, quer me parecer que pode ser alguém capaz e trazer serenidade  e bom senso ao PS, e alguém disposto a colaborar a bem do interesse nacional com um governo mais que provável vindo da direita como tudo leva a crer.
    Quanto a Passos Coelho, começou mal, muito mal, parecia até que era a primeira vez que ia ás meninas. Mas recuperou a pouco e pouco, ainda andou ali uns dias a entrar no jogo de troca de insultos com o Pinóquio, mas acordou a tempo, e em meu entender bem. Começou a marcar a agenda política do dia, elevou-se ao estatuto que pretende alcançar, mostrando-se no entanto um pouco indeciso se devia combater mais na frente da esquerda ou da direita, visto que, apesar da promessa anteriormente feita ao Portas de que o levaria para o governo, este não lhe deu descanso nem sossego durante toda a campanha, e a meu ver bem, porque se bem que seja a favor de governos de coligação, não sou a favor de muletas, e como o Passos Coelho tinha dito ao Sócrates, também acho que o Portas não deve ser muleta do PSD. Gostei de ouvir o Passos a falar de alterar a lei da greve, não gostei de o não ter ouvido a falar da reforma da justiça, e falou muito pouco da reforma para a educação, gostei do ouvir dizer que não levava os boys do PSD para o governo mas não creio sinceramente que vá governar com os do PS. Áh! Gostei de o não ter ouvido falar á Santana Lopes, ao soletrar PPD-PSD, mantendo-se pelo PSD. Gostei de o ver a apanhar cerejas de mangas arregaçadas, mas mesmo assim, não me parece que seja o estadista que Portugal precisa, muito embora seja de longe o melhor candidato a Primeiro-ministro. Mesmo assim, não me sinto motivado a votar PSD, estou farto e cansado de dar benefícios da duvida, nunca fui capaz de votar PSD e ainda não vai ser desta, porque Passos Coelho, para além de ter que dar a volta ao País, tem de dar a volta ao partido, que neste momento se encontra num frenesim frenético, (quem conhece o meu cão Nero quando está impaciente para que eu lhe faça umas festinhas sabe do que falo), e sedento de poder, e vamos a ver o que acontece quando Passos coelho lhes disser ‘’ - meus amigos, vocês foram fantásticos a abanar bandeiras, muito obrigado, mas agora vou dar o tacho aos melhores, porque vocês são uns incompetentes, muito obrigado’’.
    Uma palavra para aquele partidos pequenininhos, os micro e piquinininhos partidos, cheios de boa vontade a explorar nichos de mercado eleitoral, mas, coitadinhos, com todo o respeito que me merecem não posso deixar de dizer, - o PAN acha que se deve impor uma dieta vegetariana como forma de defender o ambiente. Deixem-me rir, mas rir mesmo às gargalhadas e a rebolar no chão com a pança cheia de carninhas grelhadas, estufadas, cozidas, assadas, marinadas, cruas, secas e fumadas, até não poder mais. Meus senhores, os vegetais também são seres vivos, estão na base de toda e qualquer cadeia alimentar, e fazem tanta ou mais falta aos ecossistemas como qualquer ursinho queridinho e fofinho em vias de extinção, e também têm sentimentos, pelo menos as minhas plantas adoram musica de Mozart e discursos do Fidel Castro, além do mais cada um come o que quer, e quem defende os animaizinhos são uns frustrados que não percebem nada de grêlos. Viva os alhos e as couves, com grêlos claro…
    Por último, que a conversa já vai chata e aborrecida, um reparo ao senhor do PCTP-MRPP PUM PUM. Garcia Pereira. Eu, que antes da campanha eleitoral começar, lhe dava razão quando se queixava de não darem igualdade de oportunidades aos partidos sem acento parlamentar, e até já começava a simpatizar com o dito senhor, que muito tem lutado pelas suas ideias, quer se concorde ou não com elas, e que tem concorrido a tudo quanto é eleição autárquica, legislativas, presidenciais e europeias, achando mesmo que só pelo esforço e dedicação já merecia ser eleito a deputado. Então não é que o individuo vai a tribunal, mete uma providencia cautelar para ter direito de acesso a debates televisivos em pé de igualdade para todos os partidos, o Tribunal dá-lhe razão, e depois o sujeito não aparece nos debates, para o raio que o parta todo, que eu não lhe quero insultar a mãe. E depois ainda vêm dizer que a esquerda é de confiança?? Palhaços.
    Devo apelar ao voto no fim de tudo, todos temos as nossas ideias, ou deveríamos ter, todos devemos votar, votem como quiserem, mas votem, não entreguem a vossa decisão a mais ninguém, e lembrem-se que quem não vota não tem moral para criticar, porque disse claramente que o que os outros fizerem está bem feito.
Votem em consciência, VOTEM COMO QUISEREM, MAS VOTEM.